Dia do Estudante
Alegria e reflexão
na Covilhã
A animação
no pelourinho foi, entre outras actividades, uma forma de cativar
os jovens para as comemorações do Dia do Estudante,
que decorreram na passada sexta-feira, 24. Porém, o dia
foi também de reflexão relativamente aos problemas
existentes na educação. A luta continua e ainda
há muito por fazer
Reunidos esforços por
parte da Escola Secundária Campos Melo, o Liceu Frei Heitor
Pinto e a E.B 2/3, o Dia do Estudante foi comemorado de uma forma
diferente. Num ambiente de muita alegria, questionar o estado
actual da educação foi também um ponto de
destaque.
Assim, cerca de 90 alunos participaram numa manifestação
que teve inicio pelas 16h20, dirigida ao pelourinho. Tal como
refere Bruno Ramos, presidente da associação da
Escola Secundária Campos Melo, "a manifestação
veiculava, em traços gerais, algumas pontos: a favor da
educação sexual nas escolas, contra a nova revisão
curricular, contra as condições de acesso ao ensino
superior, e contra o regime disciplinar".
Ainda segundo o presidente, "houve uma grande adesão
à manifestação e valeu a pena levar a cabo
uma iniciativa desta envergadura".
Depois de reivindicarem "os seus direitos", os alunos
acabaram a tarde em grande, num ambiente musical a cargo de grupos
oriundos das próprias escolas. Subiram ao palco os "Má
Fama" e os "Students", da Escola Secundária
Campos Melo, e os "BrainWash" e "Swatt" do
Liceu Frei Heitor Pinto.
Os concertos iniciaram-se pelas 17h30, acabando por volta das
20h20. O presidente da associação refere que a
adesão foi também significativa, contando-se com
cerca de 200 estudantes no pelourinho.
Balanço positivo
Embora com certas dificuldades,
a organização estava satisfeita. Realizada pelos
próprios alunos da Campos Melo, do Liceu e da E.B 2/3,
a festa contou ainda com vários apoios, principalmente
da Associação Académica da Universidade
da Beira Interior (AAUBI), do Bar da Associação
(BA) e da Câmara Municipal da Covilhã. Segundo Bruno
Ramos, "o apoio da Câmara foi fraco e estávamos
a espera de mais. No entanto, tudo correu bem". Agora, resta
seguir o exemplo "para outras iniciativas" e "lutar
sempre pelo espirito estudantil e por aquilo a que temos direito".
Sensibilizar é preciso
Neste dia, as actividades por
parte da Associação Académica da Universidade
da Beira Interior (AAUBI) não faltaram. No entanto, a
perspectiva foi outra. Sensibilizar as pessoas e esclarecê-las,
no sentido de encontrar soluções para o actual
panorama educativo foi a principal preocupação.
Deste modo, na parte da manhã, espalharam-se faixas na
universidade e foram entregues panfletos aos estudantes com algumas
informações essenciais. Segundo Sérgio Novo,
vogal da secção cultural da AAUBI "a informação
é necessária". A distribuição
foi feita ainda à porta das salas de aula e em alguns
bares. Sendo sexta-feira início de fim-de-semana, a central
de camionagem foi também um ponto estratégico para
o encontro daqueles que iam a casa.
Na parte da tarde, a distribuição de documentos
foi feita pelas ruas da cidade, de forma a abranger não
apenas os estudantes, mas a comunidade no seu todo. Sérgio
Novo refere que "de um modo geral, as pessoas aderiram bem"
.
Susana Freitas
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