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Conservatório Regional a tocar desde 1925
A criança e a música

Sensibilizar as crianças para a música é o principal objectivo do "A Criança e a Música", um projecto do Conservatório Regional da Covilhã que, abrangendo algumas escolas primárias da região, pretende despertar nos alunos o gosto por esta arte.

"A Criança e a Música" é um projecto recente, criado com o fim de estabelecer um elo entre o Conservatório e as escolas primárias da região. "Pretendemos levar a música às crianças que não estudam no Conservatório, incentivando-as e orientando-as para esta actividade", informa uma das docentes, Inês Machado.
De forma diferente, percorrendo as escolas primárias da região, os professores procuram proporcionar aulas práticas, com jogos de expressão musical, canções e outras coreografias. "Queremos que eles explorem os sons, a voz e as partes do corpo, através de palmas, batida de pés, de pernas, canetas, estojos, para se descontraírem e aprenderem a sentir a música", refere a professora.
Criar bons hábitos desde cedo é o objectivo do projecto. Explorando outros estilos musicais, as crianças são mais receptivas à aprendizagem, pois como explica Inês Machado "este é o tempo escolar de que eles mais gostam, porque se libertam para cantarem, pularem e gritarem".
Desenvolvido durante o ano lectivo, o projecto termina com uma festa, que culmina com um espectáculo em que os mais pequenos mostram o que aprenderam a toda a comunidade. Este ano esse evento terá lugar no Dia Mundial da Criança, que se celebra a 1 de Junho.

Infância diferente

As crianças que estão integradas na Associação Orfeão da Covilhã ingressam no mundo da música muito mais cedo. Desde os três anos iniciam um percurso que vai da escola pré-primária ao Conservatório. Na pré-primária têm três anos de componente musical; na primária, além do curriculum oficial, têm ginástica, inglês, informática e educação musical obrigatória com coro e instrumento; quem quer seguir os estudos musicais, ingressa no Conservatório. "A ideia foi constituir uma escola onde estivesse a música logo quase desde o berço, e depois o conservatório para prosseguir os estudos", refere a presidente da direcção do Orfeão, Dulce Gomes.
Piano, viola e violino são alguns dos instrumentos ensinados no conservatório, do primeiro ao oitavo grau, altura em que com um diploma se fica habilitado a leccionar.
A funcionar com 80 alunos até à primária, 150 no Conservatório e 30 professores, esta entidade assegura-lhes um dia a dia ocupado e em segurança, de modo a que os pais estejam descansados, oferecendo também refeições incluídas nas respectivas mensalidades.

Uma casa para todos

"Pela arte e pela nossa terra" é o lema da Associação Orfeão da Covilhã, mãe destas iniciativas que desenvolve há 75 anos. No seu interior funcionam três vertentes: as escolas, o conservatório e o orfeão, que desempenham diferentes actividades. Todavia, todas elas convergem para um mesmo ponto: a música. Assim, promovem espectáculos, concertos ao ar livre ou em auditórios, exposições de trabalhos, jogos tradicionais, festas e intercâmbios precisamente "para dar a conhecer o nosso trabalho", refere a presidente.
O Orfeão, que é a iniciativa mais antiga, funciona com 40 elementos dos 16 aos 75 anos, procurando ser uma "família" que se alargue a toda a gente. Sendo gratuita, a entrada no Orfeão é livre a todos aqueles que sintam vontade para tal. Os alunos da Universidade da Beira Interior (UBI) não são excepção, contando já com 10 elementos. O primeiro destes, Helder Gouveia, afirma que entrou "porque gosto de cantar e queria aprender algo que não se aprende na UBI, para além de conviver com pessoas de outras gerações que nos ensinam sempre". Desta forma, a Associação Orfeão da Covilhã procura sempre a boa relação e convívio com toda a comunidade envolvente.

Rita Lopes






 
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