Estudo do INE anuncia desaparecimento
de 80 mil postos de trabalho
Liberalização
do comércio
prejudica sector têxtil
Daqui a apenas cinco anos mais de 700 empresas e 80 mil postos
de trabalho poderão desaparecer na indústria nacional
devido à liberalização do comércio
mundial de têxteis e vestuário. Os números
foram anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE), num estudo revelado na semana passada pelo "Público",
que prevê um impacto violento na indústria nacional,
após a liberalização no sector.
Num cenário mais pessimista, os números do INE
atingem as oito centenas de empresas e mais de 100 mil postos
de trabalho em risco de desaparecer.
Três estratégias de sobrevivência
No entanto, o INE apresenta também três estratégias
possíveis de sobrevivência: a "pró-activa",
a "deslocação" e a "continuidade".
Com a primeira estratégia, as empresas procurariam reagir
ao impacto definindo pontos fortes e fracos e identificando os
riscos e as vantagens da liberalização. A segunda
solução pressupõe a transferência
da estrutura produtiva para outros países com menores
custos. E, por fim, a terceira estratégia sugere a manutenção
do posicionamento das empresas face às novas regras do
mercado.
Este estudo foi encomendado pela Associação Portuguesa
de Têxteis e Vestuário, e teve como objectivo avaliar
as possíveis consequências da liberalização
do comércio. O documento incidiu sobre toda a indústria
têxtil nacional, que emprega mais de 250 mil trabalhadores,
distribuídos por mais de cinco mil empresas. |