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A própria administração da Carris espera uma paralização integral


Em causa continuam aumentos salariais
e melhores condições de trabalho
Carris e CP em greve

Os trabalhadores da Carris voltam à greve na próxima Quinta-feira. Depois de, na passada Quarta-feira, terem recusado a proposta da administração para um aumento salarial de 2,6 por cento, os sindicatos anunciaram nova greve, entre as 20 e as 24 horas do dia 23.
Além do aumento dos salários, cuja proposta baixaram de seis para cinco por cento, os sindicalistas exigem o pagamento do trabalho suplementar, admitindo que possa ser feito de forma faseada até ao início de 2001.
João Franco, da administração da Carris, declarou à Lusa ser "de esperar uma paralização integral, pelo que a empresa irá contratar o maior número possível de autocarros para suprir as necessidades".

CP contra o trabalho precário

Também os trabalhadores ferroviários anunciaram greve, desta feita para dia 24, antecedida de uma manifestação convocada para a manhã de Quinta-feira, na qual protestarão contra as propostas de aumentos salariais do grupo CP.
Em declarações à Lusa, José Manuel Oliveira, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Ferroviários, afirmou que as negociações na CP, Refer e Emef estão num impasse, dado que as respectivas administrações propõem aumentos salariais entre 1, 5 e 2 por cento, recusando-se a discutir a redução do horário semanal para as 35 horas e o fim da precaridade de emprego.
De acordo com este dirigente sindicalista, "a precaridade de emprego é actualmente um grave problema nestas empresas, pois os cerca de 10 mil trabalhadores que saíram da CP estão a ser substituídos por trabalhadores contratados, que desempenham funções permanentes". José Oliveira adiantou ainda que 90 por cento dos trabalhadores da Fertagus são contratados, sendo essa a mesma situação de 200 trabalhadores da Emef. Quanto à Refer, proliferam os empreiteiros e sub-empreiteiros.






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