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José Miguel Monteiro louva este tipo de eventos na cidade


Um balanço

Foram seis noites de Teatro na Covilhã. Terminado este IV Ciclo, é altura de pesar o que de positivo e negativo estes espectáculos trouxeram à cidade. A amostra é aleatória, as perguntas foram feitas a pessoas que assistiram à totalidade das peças, e a cientificidade das conclusões a mesma de uma impressão. Para que conste.

Pela Organização:

Maria do Carmo Teixeira, presidente do TEATR´UBI, não teve reservas em afirmar que o balanço do IV Ciclo de Teatro Universitário foi muito positivo, já que "as pessoas aderiram ao evento", tendo havido "lotação praticamente esgotada" no primeiro dia do ciclo e nos restantes dias, uma média de 200 pessoas por espectáculo.
Congratulou-se igualmente com o cartaz, constituído por espectáculos de vários géneros, desde peças mais cómicas a outras de cariz mais dramático, não esquecendo a feira do livro de arte e as exposições patentes no espaço do Teatro-Cine.
Realçou ainda a preocupação que houve relativamente a uma publicitação do evento, tendo-se recorrido a publicidade na imprensa e também nos meios audiovisuais. "Para que ninguém se queixe que não sabia da ocorrência do ciclo", explicou.
A terminar, Maria do Carmo demonstrou a sua convicção no respeito que o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior começa a ganhar entre as companhias de teatro universitário, ao afirmar: " o Ciclo de Teatro está cada vez mais coeso e começamos a ser conhecidos nacional e internacionalmente".

 

Pelo Público:

De acordo com José Miguel Monteiro, de 22 anos, estudante universitário, este tipo de eventos é de louvar, já que numa cidade como a Covilhã, com uma elevada população estudantil, é necessária a ocorrência de maior número de acontecimentos culturais.
A peça que mais gostou foi "El País de Las Últimas Cosas", apresentada pelo grupo Maricastãna, que considerou "arrojada e muito bem interpretada".

Já Flávio Hamilton, 23 anos, estudante de teatro no Porto, após ter assistido à totalidade dos espectáculos, mostrou-se agradavelmente surpreendido com o que considerou " uma boa organização, longe da ideia que por ser uma mostra de teatro universitário é tudo feito à pressa". Apontou apenas como aspecto menos positivo, reconhecendo que tal era alheio à organização, o facto de todas as peças começarem com um atraso médio de 30 minutos.
Destacou as duas peças apresentadas pelo TEATR´UBI, devido ao seu rigor técnico e por ser um "tipo de teatro diferente daquele a que estou habituado".

Leonor Afonso, de 24 anos, jornalista e actriz do TEATR´UBI, considerou que de um modo geral, a cada edição que passa o ciclo vai adquirindo mais projecção e o nível de qualidade vai aumentando.
Como espectadora, a peça que mais reuniu o seu agrado foi "E Se?!...Um Espectáculo Para Clarice Lispector", já que, tal como confessou, "foi a que mais me agradou e tocou, e é também o tipo de teatro com o qual eu mais me identifico".

Também Vânia Caetano, 21 anos, estudante universitária e actriz do TEATR´UBI, realçou a convicção de a edição deste ano do Ciclo de Teatro apresentou peças de inegável qualidade, sublinhando a prestação do TEUC como a sua preferida.

Pedro Jesus






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