Imposto de selo
Novo código "chumba"
exame dos especialistas
A possibilidade de quebra de sigilo bancário e o agravamento
da contribuição são as principais críticas
apontadas pelos especialistas ao novo código do imposto
de selo que entrou em vigor na passada Quarta-feira. Este imposto
é um dos mais antigos do sistema fiscal português,
mas é considerado antiquado por não se adaptar
á evolução da realidade económica.
A proposta do Orçamento de Estado para 2000, em discussão
na Assembleia da República, contempla uma verba de 222,6
milhões de contos em sede de selo, contra 205,5 milhões
inscritos em 1999.
Em 1994 o Governo anunciou a extinção a prazo deste
imposto e hoje a questão já não faz parte
do executivo.
Dupla contribuição é
um risco
O Secretário de Estado dos Assuntos
Fiscais sustenta que vários países da União
Europeia têm impostos semelhantes a estes. O receio relativo
à quebra de sigilo bancário deve-se à abolição
em 1 de Setembro de 1999 das estampilhas fiscais como forma de
pagamento do imposto. Todas as instituições ligadas
à área financeira são agora obrigadas a
apresentar anualmente uma declaração discriminativa
do imposto de selo liquidado pelos seus clientes
O agravamento da contribuição reside sobretudo
na extra-territorialidade do novo código, que poderá
levar a duplas contribuições. Os especialistas
explicam que após a entrada em vigor das novas regras,
passam a ser tributadas em sede de IS as operações
de crédito de instituições estrangeiras
e entidades nacionais. Se a situação implicar dupla
contribuição a questão não se resolve
pelos acordos bilaterais que apenas se aplicam aos impostos sobre
o rendimento.
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