As universidades na era da economia
digital
A economia mundial está a viver
uma autêntica revolução com a introdução
das novas tecnologias da comunicação. Uma empresa
como o Yahoo, que a bem dizer constitui um serviço de
páginas amarelas da Internet, tem uma capitalização
bolsista superior à Boeing ou a qualquer dos grandes construtores
de automóveis dos Estados Unidos. Em Portugal, o sucesso
em bolsa da PT Multimédia ou da Pararede mostra bem que
o fenómeno também já cá chegou. Muito
do extraordinário crescimento continuado dos Estados Unidos
é atribuído à nova economia ou economia
digital.
E que tem isso a ver com as universidades?
Tem muito, para não dizer tudo.
Se há algo susceptível de
ser colocado on-line é o saber científico, livros,
artigos, revistas. E isso já está a acontecer.
A Internet representa para a difusão do conhecimento uma
revolução maior que a introdução
da imprensa no Século XV.
As universidades não só terão
de recorrer às novas tecnologias, como se irão
distinguir pelos recursos e serviços on-line que estejam
em condições de disponibilizar à comunidade
científica nacional e internacional. Tal como já
há hoje bancos (os do dinheiro!) virtuais na Internet,
vai haver - e aliás já há! - universidades
virtuais cujos serviços são prestados on-line.
Situada ultra-perifericamente em termos
geográficos no mundo científico e académico,
a UBI pode e deve distinguir-se por uma aposta decidida nas tecnologias
on-line, com a oferta de saber, informação e conhecimento,
de bibliotecas, revistas e cursos. Na Internet não há
periferias e o centro pode estar em qualquer lugar. Haja unhas
para tocar as novas guitarras. |