Bolsas Fulbright apresentadas na UBI
Passaporte para o novo
mundo
"It is a modest program with an
immodest aim". As palavras são do já falecido
senador americano William Fulbright, criador do programa internacional
de intercâmbio a que deu nome e que foi hoje apresentado
na Universidade da Beira Interior pelos seus representantes nacionais.
A sessão de apresentação,
cujo objectivo era divulgar as diversas bolsas existentes no
"programa com mais prestígio nos Estados Unidos",
decorreu a partir das 11 horas, num anfiteatro do Pólo
I, e contou com a presença do vice-reitor Mário
Raposo, de Paulo Zagalo e Melo e de Rita Bacelar, director executivo
e coordenadora da Comissão Cultural Luso-Americana do
Programa Fulbright, respectivamente.
Esta iniciativa teve como principal objectivo dar a conhecer
as diversas bolsas que o Programa engloba, dirigidas a todos
os que queiram fazer Mestrado, Doutoramento, leccionar ou realizar
projectos de investigação em estabelecimentos de
ensino superior nos Estados Unidos. As bolsas, que irão
a concurso durante o ano corrente, só podem ser atribuídas
a quem tenha, pelo menos, uma licenciatura.
Apesar da ideia que muitas vezes é difundida, "as
bolsas Fulbright não são só para os bons
alunos", referiu Rita Bacelar. "Seleccionamos projectos
e candidatos em que acreditamos". Os candidatos devem ter
média igual ou superior a 14, mas mais importante que
isso é a impressão que conseguirem deixar na entrevista,
na qual devem mostrar preparação e capacidades.
Viajar sem preocupações
financeiras
A selecção inicial dos candidatos
é feita em duas fases: testes de inglês e, caso
passe,
entrevista com membros da comissão e um representante
da embaixada americana muitas vezes um ex-bolseiro. Nesta entrevista,
os candidatos são seleccionados com base no seu currículo
académico e profissional, nas suas qualificações
e na sua capacidade e vontade de partilhar ideias e experiências
com pessoas de culturas diferentes.
As bolsas Fulbright pretendem garantir que "todos os candidatos
viagem sem preocupações financeiras". Para
que isso seja possível, o programa tenta reunir um "pacote
financeiro", que inclui não só a sua bolsa,
mas também bolsas das universidades receptoras e de instituições,
como a Portugal Telecom, que apoiam este tipo de iniciativas.
O Programa começou a funcionar depois da Segunda Guerra
Mundial, em 1947, ano dos primeiros intercâmbios, promovidos
com a China, a Birmânia e as Filipinas, no sentido de promover
a paz e a compreensão das diferenças entre os povos.
A sua principal fonte de financiamento é uma dotação
anual do Congresso Americano para o Departamento de Estado, mas
os governos e instituições que colaboram com os
Estados Unidos também contribuem na divisão de
custos.
Este programa está em curso em Portugal desde 1960, sendo
administrado pela Comissão Cultural Luso-Americana.
Catarina Moura
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