Monsanto
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Naquela encosta da serra, onde os penedos se levantam mais do que os
homens, Monsanto descansa calmamente enquanto aprecia as serranias
verdejantes que a envolvem. As casas de pedra enfeitam-se de
sardinheiras coloridas para receberem os visitantes com bons modos.
Na torre sineira, que cresce entre as pedras e se impõe pela idade,
pode apreciar-se uma paisagem de cortar a respiração. E até o galo
que lá habita, aproveita para indicar como estará o vento quando o sol
se espreguiçar pelo meio-dia. Dali olham-se a igreja românica, as
sepulturas antropomórficas e a fortaleza.
A população é velhinha, de modos acolhedores e simples. Agora, que os
anos foram passando e o povo foi fugindo do isolamento, sobraram aqueles
que não conseguiram nunca renunciar à terra e toda a gente nova que
durante o dia anda pela aldeia e lhe dá vida. É também nesta beleza
interior das gentes de Monsanto que reside todo o encanto do lugar,
beleza que nos leva a passear pelas ruas estreitas para ver os portais
de pedra e as janelas de madeira pintadas de branco.
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