Andy Warhol foi um exemplo por excelência do que se entende por cultura de massas

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O mensageiro da cultura norte-americana do pós-guerra está em Portugal. Até 30 de Abril, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, tem patente a exposição "Andy Warhol: A Factory", inaugurada na passada sexta-feira.
Organizada pelo Museu Guggenheim de Nova Iorque, em colaboração com o Kunstmuseum Wolfburg, esta exposição de pop art reúne obras pertencentes a museus e colecções particulares de todo o mundo.
"Andy Warhol: a Factory" apresenta uma enorme selecção de obras artísticas e de interesse documental, que abrange o período entre 1950 e 1980, numa grande diversidade de suportes e disciplinas, incluindo pintura, escultura, moda, desenho, gravura, fotografia, cinema, vídeo, televisão e música.
Andy Warhol, ainda hoje considerado um dos ícones do século XX, experimentou todos os meios de produção cultural existentes, tornando-se um verdadeiro fenómeno da cultura de massas.

Marca registada do mundo ocidental

O termo Factory designa os três estúdios que Warhol ocupou ao longo da sua vida, devendo ser interpretado não só como local físico mas também como conceito histórico.
Tendo-se dedicado primeiro à pintura, baseando o seu trabalho na banda desenhada e na publicidade, Warhol iniciou a sua série de celebridades com as imagens de Elizabeth Taylor e pinturas com cenas de morte e desastres, usando como fonte fotografias de jornal. O artista declarou o abandono da pintura quando anunciou a banda Velvet Underground, explicando que, uma vez que á não acreditava na pintura, procurava agora combinar música, arte e cinema. No final dos anos 70, voltou-se para a abstracção e apropriações artístico-históricas, numa nova forma de experimentação. Envolveu-se ainda em produção televisiva, elaborando os programas "Fashion" e "Andy's Warhol's TV" para a televisão por Cabo.
Morreu a 22 de Fevereiro de 1987, numa altura em que o seu nome já se transformara numa marca registada em todo o mundo.