|
Padre Fontes defende cultura popular
"Analfabetos são fonte de sabedoria"
"O melhor informador da cultura popular é o
analfabeto", salientou o padre Lourenço fontes no colóquio
intitulado "A influência da cultura popular nas escolas",
realizado na passada segunda-feira, 31, no Pólo IV da UBI. Uma
iniciativa do Sindicato de Professores da Zona Centro.
Segundo o orador, a essência da cultura popular reside na memória
"dos nossos avós", principalmente dos analfabetos. "É
junto do povo que devemos buscar as tradições", diz. Daí que o
ditado popular "Quando morre um velho arde uma biblioteca"
esteja, segundo este padre, totalmente adequado à realidade da cultura
popular.
A cultura não tem sido registada como deveria ser feito. "Ainda
há muito para fazer" no que respeita à preservação da muita
memória viva existente no nosso País e, como tal, Lourenço Fontes diz
que cada região deve preocupar-se não em imitar e impor as culturas
dos outros, mas sim em identificar, apreciar, valorizar e transmitir a
sua.
No entender de Carlos Costa, coordenador adjunto do secretariado
distrital do Sindicato de Professores da Zona Centro, a escola deve
assumir um papel muito importante no registo e divulgação da cultura
popular.
Para o dirigente sindical, a cultura ainda não conseguiu, na sua
globalidade, chegar à escola. "Não devemos apostar nos
currículos rígidos, mas sim em abranger o máximo possível em termos
de conhecimento", considera. Razão pela qual surgiu a ideia do
encontro: "Com vista a sensibilizar os agentes educativos,
nomeadamente os professores, para a importância da cultura popular nas
escolas", refere Carlos Costa.
Exclusivo Urbi et Orbi/NC
|
|