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Tecnologias da Saúde dividem
UBI e politécnicos
O anúncio da abertura de quatro novas áreas
na UBI gerou, de imediato, grande polémica. Os cursos pertencem às
Tecnologias da Saúde, que os politécnicos de Castelo Branco e Guarda
reclamam ser da sua alçada
De acordo com o Reitor Santos Silva, a
Universidade da Beira Interior tem legitimidade para leccionar os quatro
cursos na área das Tecnologias da Saúde (radiologia, radioterapia,
análises clínicas e anatomia patológica), anunciados ao Primeiro
Ministro durante a inauguração o Hospital da Cova da Beira, na última
semana.
O Reitor afirma que sempre se mostrou interessado em ministrar não só
o curso de Medicina, mas qualquer outro curso na área da saúde,
explicando que essa intenção está definida na própria resolução do
Conselho de Ministros. Santos Silva diz também que tais intenções
foram apresentadas em reuniões com os politécnicos de Castelo Branco e
Guarda, não percebendo assim as críticas que lhe são apontadas.
Há lugar para toda a gente
Santos Silva assegura que não está a fazer
"concorrência" a ninguém e que "há lugar para toda a
gente", visto que a UBI só vai ministrar quatro dos 18 cursos de
Tecnologias da Saúde.
Mas Valter Lemos, presidente do Politécnico de Castelo Branco, diz-se
"profundamente enganado" com o anúncio de abertura dos quatro
novos cursos. E, ao contrário do Reitor, refere que existia um acordo
previamente definido, que estabelecia que os cursos dessa área seriam
apenas da competência das Escolas Superiores da Saúde, nos Institutos
de castelo Branco e Guarda. Salienta também que chegaram a realizar-se
reuniões com o ex-ministro da educação, Marçal Grilo, com os
presidentes de Câmara e o reitor, onde este acordo foi definido.
O presidente do Politécnico afirma que esta matéria não é apenas de
carácter local. Diz que as definições estão consignadas a nível
nacional e que, neste momento, não há Tecnologias da Saúde em nenhuma
universidade, apenas nos politécnicos. NC
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