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Governo propõe "mão cheia de nada"
Função Pública descontente
com aumentos de 2,2 por cento
"Uma mão cheia de nada" foi a expressão utilizada por Paulo
Trindade, da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, para
classificar o resultado da reunião que manteve quarta-feira, em Lisboa,
com o secretário de Estado da Administração Pública.
"Alexandre Rosa, secretário de Estado da Administração Pública
e da Reforma Administrativa, propôs mais um aumento de cinco escudos no
subsídio de refeição, passando dos 15 anteriormente propostos para
20, o que consideramos insignificante e irrelevante", disse Paulo
Trindade no final da reunião.
Assim, os 640 escudos diários para subsídio de refeição da última
proposta subiram para 645 escudos. Além disso, o governante "propôs
que os funcionários do Estado tenham direito a mais um dia de férias
por cada dez anos de trabalho, mas a Frente Comum defende cinco semanas
de férias/ano para todos esses trabalhadores", acrescentou o
sindicalista.
"Saímos da reunião com uma mão cheia de nada, pois o secretário
de Estado, além dessas propostas que consideramos insuficientes, disse
que iriam ser estudadas outras matérias" relativas às
negociações em curso de revisão das tabelas salariais da
Administração Pública para este ano, afirmou também Paulo Trindade.
A Frente Comum vai tornar a reunir-se com o secretário de Estado
Alexandre Rosa no dia 09 de Fevereiro.
"Poderá não ser o último encontro negocial, mas estamos
extremamente pessimistas quanto aos resultados", sublinhou o
dirigente sindical, que disse que "este não é um processo
negocial sério, face às propostas governamentais".
Hoje às 18:00 a Frente Comum organiza uma manifestação que partirá
do Campo Pequeno em direcção à Secretaria de Estado da
Administração Pública e da Reforma Administrativa para apresentar uma
resolução a criticar as propostas do Governo neste domínio. O Governo
mantém a proposta de actualização do índice das
tabelas em 2,2 por cento.
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