De um lado, as glórias da UBI dos anos 80 e 90; do outro, os campeões europeus universitários de Futsal de 2017. Tinha tudo para correr bem... e correu. O resultado ficou em 4-1 para os mais novos, um "empate técnico", porque afinal "o que mais importou foi a participação, que foi muito satisfatória", revela o dinamizador do encontro. Nuno Ramos, ex-aluno e ex-presidente da Associação Académica (1986/1987) da instituição foi um dos responsáveis pela iniciativa do passado dia 21 de outubro, que reuniu na Covilhã 130 alunos e ex-alunos (mais 10 convidados).

Em campo entraram bem menos e tratou-se de um evento organizado por uma comissão de alunos ex-associativos da UBI, intitulado de "Memórias ubianas: do IPC até à UBI". "Quisemos, na verdade, homenagear todos os dirigentes que passaram pela academia, na direção ou em outros órgãos, também na comissão de festas, que de alguma maneira contribuíram para o evoluir, o cimentar da nossa academia. Foi a nossa perspetiva, a depois alargámos a um corpo técnico que nos condicionou pela positiva por alguns títulos académicos, no âmbito de futebol de salão e de 11, principalmente, e também o corpo docente e o corpo discente, com alguns alunos, com alguns professores e também com os reitores", esclarece Nuno Ramos.

Depois do jogo, seguiu-se um almoço e convívio no Clube da Campo da Covilhã, uma iniciativa que "é para repetir", garante o ex-aluno. "Nós queremos, para o ano, relançar este projeto que tínhamos feito há 20 anos atrás. Este ano voltámos a realizá-lo e é para continuar".

Um dos "jogadores" presentes foi Pedro Dias. O ex-aluno da UBI de Engenharia Têxtil é hoje dirigente da Federação Portuguesa de Futebol e não tem dúvidas em afirmar que "chamar os ex-alunos da universidade e promover um encontro desta natureza é extremamente positivo e denota por parte dos promotores um grande cuidado e reconhecimento por aquilo que foi o seu contributo, o contributo de todos eles para o crescimento da Universidade da Beira Interior", sublinha.

No mesmo dia, teve lugar a quarta edição do encontro de antigos alunos "Arco da Velha". Dinamizado pela Associação de Antigos alunos da UBI (AUBI), o encontro reuniu cerca de 90 ex-alunos e alguns convidados.

"Esta é a quarta edição do 'Arco da Velha', antigamente sob a configuração de 'Bons Tempos na UBI', e desde que a AUBI voltou a entrar no ativo alterámos a designação para 'Arco da Velha', explica Alexandre Soares, presidente da associação. "O arco é um símbolo da universidade, é uma forma de simbologia a nível de edifício, o 'da velha' porque realmente é um lembrar dos tempos passados e são histórias 'do arco da velha', então juntámos tudo na mesma designação e surgiu o 'Arco da Velha'".

A iniciativa decorreu no bar do Polo I da UBI e englobou as atuações da EncantaTuna e Desertuna, o jantar dos antigos alunos e um concurso de fotografia, onde os Ubianos foram desafiados a expor uma fotografia do seu primeiro ano na instituição, com direito a prémio para a fotografia mais votada.

"Neste ano do 'Arco da Velha' decidimos atribuir a categoria de sócio honorário a algumas pessoas dentro da universidade que desde que trabalham lá e desde que a associação é a associação - desde que faz as suas atividades - têm apoiado o trabalho da associação, têm ajudado no nosso crescimento e é, digamos assim, uma forma singela de agradecer a essas pessoas a sua boa vontade, a sua ajuda, o seu apoio, que é muito importante para nós, ainda mais porque não estamos a tempo inteiro, cada um tem as suas vidas e não estamos sempre presentes", refere o presidente da AUBI.

Alexandre Soares revela também a intenção de no futuro "colaborar ao máximo com a Universidade, com a reitoria com as faculdades, os departamentos, com os núcleos da associação, estamos sempre abertos a esse tipo de trabalho e estamos cá mesmo para isso porque o intuito é a UBI, é a nossa escola, é a escola de todos nós, de quem lá está, de quem já lá passou. O nosso objetivo final é defender o nome da UBI e a sua promoção em Portugal, é sempre esse o nosso objetivo", lembra.

Outro dos participantes do dia foi José Oliveira. "O mais importante de tudo foi ter tido o prazer, depois de ser aluno em 1982/1983, de visitar uma biblioteca fantástica que não se encontra em lado nenhum do país, nós vamos a várias faculdades e isso não acontece, o que significa que se deu um passo de gigante nestes anos que passaram", considera. Aquele que foi o primeiro presidente da Associação de Estudantes da instituição acredita que "a UBI é uma universidade fantástica, com várias valências, o que significa que o interior do país não é tão interior como as pessoas pensam e os estudantes são, de facto, muito importantes", constata.

José Oliveira sublinha que "há uma coisa única que fica agregada a qualquer universidade, que são os valores que são incutidos nas pessoas que frequentam essa universidade e, portanto, quando se olha à volta o que se vê é que as pessoas comungam dos mesmos valores, da amizade, do companheirismo e do amor que têm àquilo que foi a sua escola de valores, que foi a UBI".