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Projeto EMaDeS apresentado na UBI
Rafael Mangana · quarta, 15 de mar?o de 2017 · @@y8Xxv Aprovado e financiado em cerca de 1,4 milhões de euros, o “EMaDeS - Energia, Materiais e Desenvolvimento Sustentável” foi apresentado na UBI esta terça-feira, 14 de março. O projeto, que tem a duração de quatro anos, é desenvolvido no Centro de Ciência e Tecnologias Mecânicas e Aeroespaciais (C- MAST), em colaboração com os Centros FibEnTec e LabCom.IFP. |
Anna Guerman apresentou o projeto na Faculdade de Engenharia da UBI |
21995 visitas Trata-se de um dos dois Programas Integrados da Região Centro aprovados para a UBI em 2017. O EMaDeS promove a investigação científica e qualificação dos recursos humanos de alto nível nos domínios da Energia, dos Materiais e das Soluções Industriais Sustentáveis, fomentando simultaneamente a transferência da tecnologia e a comunicação da ciência. O projeto foi apresentado na terça-feira, 14 de março, pela coordenadora do C-MAST, através de um workshop dirigido à comunidade académica da UBI. Associado à produção de energia e aos novos materiais, os principais objetivos científicos do projeto passam por contribuir para a produção de energia de forma sustentável e para redução do seu consumo; desenvolver materiais nano-estruturados, otimizando as suas propriedades por forma a aumentar o seu desempenho e durabilidade, mesmo em condições de serviço severas; e reduzir os custos e otimizar a produção, tanto ao nível dos produtos como dos processos, com ênfase na inovação tecnológica e na utilização racional dos recursos naturais, incluindo a água e a floresta. O EMaDeS desenvolve-se ainda em três linhas de investigação essenciais: "Melhoria da Eficiência Energética em Máquinas e Sistemas", "Materiais Avançados" e "Otimização do Produto e Inovação Tecnológica Incluindo Recursos Endógenos". Uma quarta temática presente no programa consiste ainda no desenvolvimento e implementação de uma estratégia de Comunicação da Ciência no âmbito das áreas e tarefas desenvolvidas no meio académico, empresarial e para público em geral. “Em cada linha de investigação estão envolvidos vários investigadores. Estes investigadores têm programas já feitos decorrentes das suas investigações. Fizemos um grande trabalho na parte da preparação para construir um projeto coerente, para que toda a gente esteja envolvida a trabalhar para o mesmo fim”, explica Anna Guerman. A decorrer até ao final de 2020, as atividades do projeto presumem a atribuição de 27 bolsas de formação avançada a vários níveis de investigadores, entre mestre e pós-doutoramento, nas áreas envolvidas, principalmente na Engenharia Mecânica, mas também em Ciências de Comunicação e Gestão da Ciência. “A ideia é fazer concursos internacionais, mas para os nossos alunos o projeto é importantíssimo, porque eles têm a oportunidade de seguir o caminho da investigação e esta é uma das possibilidades”, sublinha a coordenadora do C-MAST. “O projeto é muito grande e este financiamento traz-nos muita responsabilidade”, lembra. “Fala-se muito das carreiras na investigação. Na fase incipiente em que estas carreiras estão neste momento, uma das raras possibilidades é através de bolsas. Portanto, ter aqui tantas bolsas é muito importante para atrair as pessoas. Eu espero que esta questão das carreiras depois se resolva com o decorrer do projeto, e parece que há alguns sinais nesse sentido”, reforça a também docente do Departamento de Eletromecânica da UBI. Recorde-se ainda que o Plano Estratégico de desenvolvimento da Unidade de Investigação Principal do Programa Integrado C-MAST para 2015-2020 prevê a preparação dos recursos humanos altamente qualificados nas áreas da sua atuação, bem como a intensificação da investigação, a sua internacionalização, desenvolvimento da colaboração com parceiros industriais e dedicação dos esforços adicionais à transferência da tecnologia e comunicação da Ciência. Anna Guerman refere, de resto, que “além dos objetivos científicos, há objetivos estratégicos, que passam por aumentar a produtividade, aumentar o impacto da nossa investigação sobre a comunidade nacional e internacional, formar pessoas de alta qualificação nas áreas de especialização inteligente”. “Muito importante é, ainda, melhorar a comunicação da ciência, melhorar o impacto da investigação a ser feita na comunidade, melhorar a imagem e melhorar as vias de comunicação, tanto com os nossos colegas, como com os alunos, com o tecido empresarial e com o público em geral, na região, no país e internacionalmente”, destaca a coordenadora do C-MAST. “O LabCom.IFP entra precisamente nesta linha de melhoramento de comunicação da ciência e em algumas tarefas de produção e de preparação do produto. O FibEnTech na área dos materiais, sendo que a maior parte dos investigadores são, naturalmente, do C-MAST”, lembra. |
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