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UBI usa tecnologia de ponta para o ensino da Medicina
Carla Sousa · quarta, 4 de janeiro de 2017 · @@y8Xxv A mesa anatómica da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) chegou à Universidade da Beira Interior (UBI) em 2015 e ,desde então, tem contribuído para fortalecer a componente inovadora que está associada ao ensino da Medicina na instituição. Este equipamento interativo veio facilitar o ensino da Anatomia e da Imagiologia e é a primeira a ser utilizada na Península Ibérica. |
A mesa anatómica da UBI é a primeira da Península Ibérica |
22015 visitas Um ano após a sua aquisição, este exemplo das várias tecnologias que estão ao serviço do ensino da Medicina da UBI já se revelou uma mais-valia para os seus utilizadores, que incluem também alunos de outros cursos da área da saúde e de Ciências do Desporto. A sua utilidade levou mesmo à criação de uma equipa de trabalho, coordenada pelo docente Eduardo Cavaco, que está encarregue de estudar outras formas de aplicação da ferramenta. De acordo com o coordenador deste grupo de trabalho, a mesa anatómica "tem sido uma mais-valia no ensino das unidades curriculares dos primeiros anos de Medicina e não só, pois também é utilizado nas Ciências Farmacêuticas, Ciências do Desporto e noutros cursos da universidade". Eduardo Cavaco acrescenta ainda que a conjugação das novas tecnologias com todas as infraestruturas existentes na FCS "fazem com que haja um ensino diferenciador". A mesa anatómica é um instrumento que permite a visualização anatómica 3D de imagens reais, criadas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e de Ressonância Magnética (RM). Assim sendo, através de um monitor multitouch, os alunos podem percorrer um cadáver virtual e dissecá-lo a três dimensões. "Ao fazermos a dissecação de um cadáver a três dimensões, nós conseguimos ter associada a localização de um determinado órgão, é possível ter toda a parte de imagiologia, de tomografia computorizada e de ressonância magnética e conjugar todas estas imagens, o que vai facilitar a aprendizagem dos vários sistemas", explica o docente da UBI. Além disso, o utensílio, que combina a tecnologia médica com a ciência computacional avançada, possibilita ainda a reconstrução a 3D de partes do corpo humano que estão lesionadas e que necessitam de uma cirurgia. "É possível recolher, diretamente do hospital, a tomografia computorizada de alguém que fraturou um membro e depois fazer uma reconstrução a 3D. Assim, podemos ter todos os ângulos possíveis e até estudar uma possível intervenção cirúrgica, facilitando a sua concreta visualização tridimensionalmente", refere. Todas as universidades e centros que possuem a mesa anatómica encontram-se a trabalhar em conjunto, algo que para Eduardo Cavaco é vantajoso. "Nós estamos em rede com todas as universidades e centros que têm este equipamento e isso é uma mais-valia. Nesta rede, cada instituição coloca os seus casos clínicos, é partilhado por todos, podemos colocar questões e interagir com outros países", considera. |
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