"Rankings há muitos e há até rankings onde a Universidade da Beira Interior não aparece. Mas o ranking da Times Higher Education é dos mais prestigiados do mundo e o facto de nós entrarmos de imediato para esta posição – que é excecional, no patamar 601-800 das melhores universidades do mundo – é tanto mais especial quando temos de ter em atenção que este ranking apenas contém 980 universidades. Ou seja, deixa 95 por cento das universidades de todo o mundo de fora", sublinha o reitor da UBI. António Fidalgo destaca o "prestígio" associado à presença da instituição na lista elaborada pela publicação inglesa.

A admissão na avaliação da Times Higher Education surge na sequência da entrada em outras listagens internacionais de que é exemplo o U-multirank, onde a UBI está representada há três anos consecutivos.

Relativamente a este ranking, são avaliados 13 indicadores, de cinco grandes áreas. A UBI consegue os seus melhores resultados – dentro da média de todas as instituições participantes –, no item "Citações" e "Internacionalização (docentes, alunos e investigação)", tendo ainda sido analisados "Relação com as empresas", "Ensino" e "Investigação". Com a avaliação feita, a UBI consegue, assim, entrada direta para o grupo 601-800 das melhores universidades do mundo.

Com a entrada da UBI no ranking, Portugal passa a ter oito universidades incluídas numa lista que comparou 980 academias de 79 países. A liderar a classificação na atual edição, referente a 2016/2017, está a Universidade de Oxford, de Inglaterra.

O reitor da UBI lembra que, "apesar de termos aparecido nesta lista de repente, o nosso trabalho é que não é de repente. É um trabalho que já tem 40 anos, 30 dos quais já como universidade. E se há algo que nos caracteriza é o facto de trabalharmos de uma forma séria e honesta, com muita solidez. Essa solidez da UBI é agora reconhecida internacionalmente por uma entidade muito prestigiada e que tem em atenção as diferentes vertentes da universidade, como o ensino, a investigação, passando pela internacionalização. Nesse aspeto, sentimo-nos mais seguros de nós mesmos e sentimo-nos muito orgulhosos com este reconhecimento internacional e é muito bom para a instituição", considera.

"Não trabalhamos para métricas, mas as métricas acabam por ser o reflexo exterior daquilo que somos. Sendo um espelho, ao mesmo tempo reflete para outras realidades, que também vão buscar esse espelho como referência", defende António FIdalgo.

"Portanto, obviamente que também será mais fácil atrair estudantes internacionais. A demografia é o que é, os números vão baixar brutalmente e o que estamos a fazer é algo que tem que ser feito e que todas as universidades têm que fazer – inclusive as do Litoral -, porque os candidatos serão cada vez menos", conclui o reitor, referindo-se à internacionalização, que tem sido uma aposta crescente por parte da UBI.