Começando por notar que a própria natureza do Design se encontra, desde a última década, em  mudança e "num momento muito interessante", Rowe explicou que esta se traduz pela passagem de um ensino centrado na aprendizagem e na produção de objetos, para uma preocupação com "o que essas coisas fazem", ou seja, "da política de produção, para a produção de política", mudanças que "criam grandes oportunidades para a discussão da identidade do design e do modo como o ensinamos".

A comunicação apresentou diversos trabalhos realizados por alunos, no âmbito dos projectos "Critical Design asking questions" e "Interdisciplinary, participatory and collaborative practices", que ilustravam essa mudança de paradigma.

Para Rowe, o designer actual "preocupa-se com sistemas e questões sociais, em vez de se preocupar apenas com coisas". "Não estou interessado nas coisas que faço, mas no que essas coisas fazem. Muita da educação tradicional em design baseava-se na história, materiais e práticas", e embora ainda o faça, há hoje a percepção de que "os Designers criam o futuro. As coisas não existem, e depois nós fazê-mo-las", criando "oportunidades de Design" e da prática da interdisciplinaridade.

Uma "pedagogia crítica" do Design deve retirá-lo da sala de aula, abrir o designer à comunidade, e centrar-se nos efeitos, mais do que em objetos, defendeu Rowe. "É preciso desenhar projetos para trabalhar com as comunidades fora da sala de aula. Encontrar uma abordagem do Design centrada no humano, na experimentação de culturas e no trabalho com as comunidades". Os trabalhos de alunos que foram apresentados ilustravam precisamente esses aspectos.