Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Design, Educação e Identidade
Ana Soares e Sofia Dinis · quarta, 2 de dezembro de 2015 · Continuado A Conferencia Internacional de Investigação em Design, DESIGNA 2015, contou com um debate sobre o ensino. A discussão teve lugar no Auditório da Parada, na Faculdade de Artes e Letras da UBI, no dia 26 de novembro. |
Oradores na conferência UNOVIS 2015 Identity |
22002 visitas Daniel Brandão, professor no Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) e na Escola Superior Artística do Porto (ESAP), foi o primeiro orador do debate. Para o académico, não são peritos ou especialistas vindos de fora que podem decidir o que é importante para a identidade de uma cidade e sim quem lá vive. Foi nesta perspetiva que se criou o “Museu Resgate”, um espaçoque recolhe vídeos concebidos pela população do centro histórico da cidade do Porto. Ricardo Bonacho, professor na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, concentrou a sua apresentação na ligação entre o design e a gastronomia. Face ao recente reconhecimento da Dieta Mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, o docente considera que é importante utilizar o design na reinvenção das tradições culinárias portuguesas, para as levar além-fronteiras. As leguminosas foram o setor escolhido pelo investigador, num projeto que pretende ultrapassar os mitos existentes e fazer crescer o consumo das mesmas, a nível nacional. Paulo Freire de Almeida, professor na escola de Arquitetura da Universidade do Minho, numa exposição intitulada “A representação da vida quotidiana na construção do imaginário e da identidade”, examinou o design dos subúrbios através das obras dos pintores contemporâneos, Simen Stalenhag, George Shaw e Matthias Weischer. O professor relembrou que os subúrbios são espaços de mudanças rápidas, de chegada e saída de pessoas. Sílvia Barros de Held, professora na Universidade de São Paulo, no Brasil, através do seu estudo “Processo Criativo”, defendeu que os conflitos intelectuais são saudáveis e produtivos para os profissionais. “Somos aquilo que o momento nos pede, quando temos consciência dos estereótipos, temos forma de os usar”, diz a autora. Ana Guimarães, aluna do primeiro ano do curso de Design Multimédia que assistiu a estas apresentações, considerou que o tema da educação é adequado ao evento já que a forma como as disciplinas são dadas pode melhorar. A estudante disse ainda que a iniciativa foi interessante pela oportunidade de “contactar com pessoas de outras universidades e com conhecimentos diferentes”. Rui Augusto, também aluno do primeiro ano do curso de Design Multimédia, afirmou ter gostado do conteúdo do debate, apesar de alguns profissionais terem “objetivos mais funcionais que outros”. No entanto considera que estas intervenções são positivas para que os alunos possam ter noção do que é o mundo depois da universidade.
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