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Academia Júnior de Ciências abre as portas a alunos do Ensino Secundário
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 21 de outubro de 2015 · @@y8Xxv Mostrar como funciona a Universidade da Beira Interior e desenvolver o gosto pela atividade científica nos estudantes do 12.º ano. São estes os objetivos da Academia Júnior de Ciências, cuja segunda edição começou na última semana. Depois do sucesso da primeira, os participantes deste ano têm expetativas e motivação em alta. |
Manuel Saraiva, e António Fidalgo, respetivamente, coordenador da ACJ e reitor da UBI, receberam o grupo deste ano |
21972 visitas Os laboratórios e salas de aula da Universidade da Beira Interior (UBI) voltam a receber os alunos do Ensino Secundário de seis escolas da região. A segunda edição da Academia Júnior de Ciências (AJC) começou na última semana, na sexta-feira, dia 16, para abrir horizontes no campo da ciência a 24 estudantes do 12.º ano e mostrar como funciona a Universidade. Pela frente, o grupo tem um ano de aulas teóricas e práticas, sessões laboratoriais e palestras, entre outras, de matemática, física e química, interligadas com áreas como a informática, a biologia ou a engenharia. Do programa consta ainda uma viagem a Lisboa, ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência. No final, espera-se que os objetivos voltem a ser conseguidos, como aconteceu no ano passado. A avaliação resulta dos testemunhos de três elementos que participaram em 2014/15 presentes na sessão de abertura a que se juntaram outros lidos pelo coordenador da iniciativa, Manuel Saraiva. A oportunidade de aprender agora é para o grupo de 24 – mais três que na edição anterior – que nas próximas sextas-feiras vão sair das suas escolas e conviver na UBI. “A ideia é justamente que nesta simbiose, nesta ligação entre a Universidade e as escolas secundárias da região, prestarmos o serviço de mostrar aos jovens que se distinguem, sobretudo na área das ciências exatas, o que é a universidade”, explicou António Fidalgo, reitor da UBI. Dois deles, enquanto esperavam pelo início da apresentação a cargo de Manuel Saraiva e de António Fidalgo, que antecedeu a visita às instalações das faculdades de Ciências e de Engenharia, davam conta das expetativas que traziam. Maria Gonçalves e Miguel Salzedo, ambos com 17 anos e a estudar no Agrupamento de Escolas de Gouveia, manifestavam-se interessados em conhecer a UBI, onde podem muito bem seguir os estudos Superiores. Tal como aconteceu a alguns dos “academistas” anteriores, que acabaram por escolher esta instituição. “Quero conhecer a universidade e ter um primeiro impacto com a vida universitária”, disse a estudante, que sonha com Medicina e pode fazê-lo na UBI. “Nunca tinha pensado nisso, mas foi uma das razões que me fez aceitar o convite”, explica. Tal como Miguel Salzedo, que pretende formar-se em Engenharia Aeronáutica: “Ando a ver licenciaturas e médias, mas só estando cá é que se tem contacto e se conhecem melhor os cursos”. A ciência, essa, está sempre no centro das atenções dos promotores e participantes da AJC. Por um lado, pelas vantagens do trabalho que será feito em conjunto, como salientou António Fidalgo: “Se se estiver envolvido numa comunidade, mais rapidamente se resolve um problema [científico]. É isso que nós pretendemos com esta coletividade. Ir buscar pessoas que querem aprender e exponenciar assim essa vontade, porque isso traz um rendimento muito superior”. Por outro, pelos equipamentos e especialização que existem numa instituição de Ensino Superior, acrescentou Manuel Saraiva, mais tarde, em declarações à imprensa. “Aqui a ideia é que os alunos do 12.º ano ganhem um certo tipo de experiências e contacto não só com os espaços – porque temos a possibilidade de ter melhores espaços que nas suas instituições –, mas com professores especialistas e não apenas generalistas”, explicou, sublinhando: “É muito enriquecedor para eles”. Algo perfeitamente enquadrado na previsão de Maria Gonçalves: “Espero ver boas instalações e ter a hipótese de trabalhar a nível laboratorial. Teremos mais instrumentos e acesso a outras disciplinas que não temos oportunidade de abordar na escola, por não fazerem parte do ensino obrigatório”. Matérias novas que também podem ajudar a encontrar novas vocações profissionais, ou simples interesses. Aconteceu no ano passado e a curta visita que o grupo fez já despertou atenções além daquelas que traziam os dois alunos ouvidos pelo Urbi@Orbi. “Penso que a Universidade em si está bem equipada”, avaliou Maria Gonçalves, considerando que “tem diversas áreas para se poder estudar e estão a ser desenvolvidos projetos particularmente interessantes”. A estudante de Gouveia falava já no final da visita e acerca do trabalho que lhe foi apresentado no Departamento de Física. “Apesar de não ser na área que eu desejo fiquei curiosa e com expetativas altas para o projeto que aí vem”, disse. Manuel Salzedo, que traz a ideia da Aeronáutica, falou com interesse “na parte dos hologramas” e nas “Pontes de Esparguete”, depois de passar pela sala onde estão expostos alguns dos projetos do já tradicional concurso da UBI. “Vamos aprender muitas coisas e vai ser interessante. Estou motivado para começar a trabalhar”, resumiu. O trabalho a sério começa daqui a nove dias, a 30. O programa da Academia está pronto e não falta vontade aos participantes. Tal como no ano passado, os alunos foram selecionados pelos estabelecimentos de ensino, o Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, Escola Secundária Quinta das Palmeiras e Escola Secundária Campos Melo (Covilhã), Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral (Belmonte), Escola Secundária do Fundão e o Agrupamento de Escolas de Gouveia. |
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