Da Covilhã para o mundo de língua portuguesa. Pode definir-se desta forma um dos objetivos do Mestrado em Gerontologia online que vai funcionar no próximo ano letivo na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI). O curso de segundo ciclo decorrerá em regime b-learning, através da publicação de conteúdos em plataforma de internet, complementado pela participação em aulas presenciais.

De acordo com a FCS-UBI esta nova estratégia possibilita “aliar tradição e inovação”. A Coordenadora Científica do Mestrado em Gerontologia, Assunção Vaz Patto, explica que a estratégia orientadora do curso é dirigir-se a “alunos que dominem a língua portuguesa, em qualquer sítio do mundo”. Ainda de acordo com a docente da FCS-UBI, o curso foi estruturado para manter a qualidade dos mestrados tradicionais, com o mesmo “rigor científico, pedagógico e de avaliação”.

A formação tem a duração de dois anos, tal como nos mestrados exclusivamente presenciais. No primeiro, terá unidades curriculares semestrais de Gerontologia, Metodologia de Pesquisa Científica, Epidemiologia e Bioestatística, Psicogerontologia, Gerontologia Social e Geriatria. O segundo ano será preenchido com a elaboração da dissertação.

Nos moldes tradicionais, este mestrado abriu em 2009 e 2011, tendo formado mais de 30 especialistas.

Trata-se da primeira formação do segundo ciclo a funcionar online, e abre com 20 vagas. São elegíveis os candidatos que sejam profissionais médicos, enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, psicólogos, sociólogos, assistentes sociais e profissionais das tecnologias para a área da saúde.

As candidaturas vão estar abertas em duas fases. A primeira termina a 1 de julho e a segunda inicia-se a 14 de julho, estando disponível até ao último dia de agosto.

Atenção ao envelhecimento

As questões ligadas ao envelhecimento são tema relevante na estratégia da FCS. Em março, durante as comemorações da Semana Internacional do Cérebro, o presidente desta unidade da UBI destacou que “responder e colocar grandes questões de futuro que dizem respeito ao envelhecimento” é um dos propósitos do trabalho que se realiza na instituição.

“A Faculdade está muito envolvida em termos de investigação e aquilo que nós queremos é aprofundar isso. Que não seja apenas o estudo da molécula, digamos assim, mas vá até à cabeceira do doente ou até à sala de estar do idoso”, afirmou Luís Taborda Barata.