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Mestrado de Bioengenharia arranca no próximo ano
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 11 de junho de 2014 · @@y8Xxv Com uma proposta inovadora ao nível das especializações, o curso de segundo ciclo abre com 30 vagas. |
Isabel Gouveia e Luís Alexandre |
22067 visitas A oferta formativa da Universidade da Beira Interior (UBI) na área da Bioengenharia vai ser ampliada no próximo ano lectivo. Cinco anos depois da criação da licenciatura, o Departamento de Informática avança com o mestrado na mesma área, que visa permitir aos alunos continuarem na UBI os estudos do segundo ciclo e melhorar a investigação que se faz na instituição. “Temos instalações e docentes preparados. Por isso, faz todo o sentido avançar para o segundo ciclo”, explica Luís Alexandre, presidente do Departamento de Informática (DIUBI). Estas condições foram valorizadas pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) ao ponto do curso que abre com 30 vagas em 2014/2015 ter sido aprovado por cinco anos, sem qualquer restrição. Um dos motivos para esta creditação residiu no plano curricular apresentado, que surge com algumas novidades relativamente aos que já existem no País. “Temos um curso inovador que tem uma parte curricular comum e depois permite a escolha de três perfis. O aluno poderá seguir para Bioengenharia Clínica, Informática Biomédica ou Instrumentação, Automação e Controlo, uma área que não nos podíamos esquecer, porque existem essas competências na universidade”, refere Isabel Gouveia.
Perfis diferenciadores “Com estes perfis, a UBI procurou diferenciar-se. Somos pioneiros na vertente clínica, com competências acrescidas na instrumentação”, diz ainda a directora do curso de segundo ciclo de Bioengenharia. “É aí que nos diferenciamos”, sublinha. Actualmente com 79 alunos, os responsáveis do Departamento de Informática reconhecem que havia alunos que acabavam a licenciatura e depois viam-se forçados a abandonar a UBI para continuar a formação. Já com alguns finalistas interessados em seguir para mestrado, a formação pretende também captar licenciados em outras instituições. Para isso é necessário ter o primeiro ciclo completo “em Bioengenharia ou em cursos de áreas afins como Biotecnologia, Ciências Biomédicas e Engenharia Biomédica”, segundo Isabel Gouveia, acrescentando que “poderão ser admitidos outros licenciados, de acordo com a análise da comissão de curso”. Quanto a saídas profissionais, a directora aponta as indústrias de processos químico-biológicos – farmacêutica, valorização de materiais naturais, ambiente e saúde –, Engenharia de tecidos, nomeadamente para medicina regenerativa, e dispositivos médicos. Ou ainda instrumentação biomédica e clínica, processamento e análise de sinais e imagens biomédicas, biónica, Telemedicina e informática biomédica.
Melhorar a investigação Com este mestrado, será possível melhorar também o trabalho de investigação da UBI em bioengenharia. “Para termos investigação a funcionar, passa muito por ter alunos a trabalhar connosco. Um docente sozinho tem uma capacidade limitada para o fazer, porque o número de horas é reduzido”, explica Luís Alexandre. A licenciatura, acrescenta, “é um patamar muito baixo para ter alunos que trabalhem a determinado nível e é importante para a própria formação do corpo docente que exista um segundo ciclo nesta área”. O presidente do Departamento de Informática entende que o mestrado é um primeiro passo para que dentro de alguns anos se criar um terceiro ciclo. “Ter um doutoramento será o objectivo final”, conclui. |
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