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António Fidalgo é o novo reitor
Eduardo Alves · quarta, 10 de julho de 2013 · @@y8Xxv O membros do Conselho Geral da Universidade da Beira Interior escolheram o reitor da instituição para os próximos quatro anos. António Fidalgo conseguiu 18 votos e venceu esta eleição. João Queiroz, atual responsável pela academia e candidato a mais um mandato acabou por conseguir 11 votos. |
O catedrático de Ciências da Comunicação vai dirigir a UBI nos próximos quatro anos |
22007 visitas Está encontrado o reitor da Universidade da Beira Interior para os próximos quatro anos. António Fidalgo, catedrático da Faculdade de Artes e Letras obteve a maioria dos votos dos 29 membros do Conselho Geral da UBI. Durante dois dias da passada semana, a eleição do reitor juntou a comunidade em torno da apresentação e discussão dos programas e na votação dos membros do Conselho Geral nos dois candidatos que concorriam a este cargo. O Anfiteatro das Sessões Solenes foi palco, durante o dia 4 de julho, da apresentação pública dos dois programas de candidatura e de algumas questões colocadas pelos conselheiros aos dois candidatos. Durante a manhã, António Fidalgo apresentou e debateu a sua visão programática para a academia, João Queiroz fez o mesmo durante a tarde. No dia seguinte, 5 de julho, os 29 membros acabaram por reunir-se para escolherem, através de votação individual, o reitor que irá ocupar o lugar de maior responsabilidade na academia, nos próximos quatro anos. O nome de António Fidalgo acabou por recolher 18 votos, logo na primeira e portanto única votação dos conselheiros. Queiroz recolheu os restantes 11 votos, pelo que, nenhum dos conselheiros se absteve neste ato de seleção do reitor. Recorde-se que o reitor terá de ser sempre escolhido pela maioria dos conselheiros, ou seja, 15 votos mínimos, podendo estes ser atingidos após várias rondas de votação. Contudo, no presente caso, tal cenário não se colocou, uma vez que um dos candidatos acabou por recolher uma maioria logo na primeira votação. Paquete de Oliveira, presidente do Conselho Geral, espera que a instituição continue “com o seu normal funcionamento e crescimento”. “Não obstante esta mudança e a mudança apresenta-se, para uns como uma penalização, porque o reitor atual e a sua equipa tinham um empenho muito dedicado à UBI, estes momentos implicam também novas dinâmicas e oportunidades e outras formas de olhar a universidade”. Sem um calendário ainda definido, o presidente do Conselho Geral, aponta o início do mês de setembro como data em que o novo reitor deverá tomar posse. “Quer para o reitor que agora termina funções, quer para o novo reitor, quanto mais depressa conseguirem tomar conta dos destinos da universidade, melhor”, sublinha. A eleição do Fidalgo representa também a primeira escolha de um académico da área das Ciências da Comunicação para dirigir uma universidade. Já António Fidalgo, esclarece que desta eleição se pode esperar “um reitor de toda a Universidade da Beira Interior, incluindo todos aqueles que estiveram de um lado e de outro e portanto, pretende-se aplicar o lema da campanha que é por uma UBI coesa e plural”. O catedrático de Artes e Letras diz estar “consciente das dificuldades”, nomeadamente, “as que dizem respeito à questão demográfica, com o problema da captação de alunos e as do financiamento. Esses são os dois grandes tópicos a ter em conta nos próximos tempos”. Fidalgo lembra, que no caso dos fundos “a UBI tem direito ao seu financiamento e a lutar para que este seja aumentado. Por outro lado, o reitor João Queiroz disse que a UBI já tem um financiamento próprio de 43 por cento”. Quanto à sua escolha, António Fidalgo diz ser “da forte ligação que tenho dentro da comunidade, o contacto com toda a comunidade académica, as pessoas conhecem-me e tenho um forte historial dentro da universidade. O próprio reitor João Queiroz lembrou isso mesmo e as intervenções que tenho feito ao longo destes anos no Senado e na Coordenadora do Científico. Foi todo esse conhecimento que a comunidade tinha da minha pessoa que terá pesado na decisão final”. Quanto a decisões futuras, o novo reitor aponta para o facto de ter “a mesma universidade, no mesmo sítio, com as mesmas pessoas, a trabalharem juntos para um projeto comum”. O novo reitor espera “trabalhar para uma universidade mais coesa com a união de toda a universidade, com os diferentes intervenientes, desde estudantes a professores e funcionários e uma universidade plural, com a autonomia dos diferentes órgãos”. Nos próximos dias, Fidalgo espera reunir-se com as pessoas que estiveram a trabalhar no seu projeto para formar uma equipa. Para já, o nome que é conhecido e que deverá fazer parte da equipa reitoral é o de Mário Raposo, catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. |