Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Tradições da Beira Baixa
Ana Azevedo e Irina Candeias · quinta, 27 de dezembro de 2012 · Continuado Todas as freguesias da Beira Baixa celebram o Natal com tradições próprias, em que religiosidade assume um papel importante. |
São várias as tradições de Natal na Beira Baixa |
21972 visitas Uma das tradições mais comuns na região é o Madeiro de Natal. A população reúne-se no mês de Dezembro para preparar este ritual, que consiste em acender uma enorme montanha de lenha num local público, geralmente junto ao largo da igreja, sendo que os homens encarregados de tal função são os jovens que vão às inspeções para o serviço militar. A refeição neste dia também é diferente em cada zona de Portugal. A Consoada é constituída normalmente por bacalhau e peru, e mais raramente cabrito, e tendo como sobremesa as rabanadas, as filhós e o bolo-rei. Após a refeição as famílias saem de casa para se aquecerem no Madeiro, a gigantesca pilha de troncos de árvores que foi acesa durante ao princípio da noite. O vinho, bem como a jeropiga e a aguardente não podem faltar nesta noite, tal como as castanhas assadas na fogueira. Outra das tradições desta região é a Missa do Galo, também conhecida como Missa da Meia-Noite. Esta missa é celebrada depois do jantar da Véspera de Natal, e começa à meia noite de 24 para 25 de Dezembro. Na ceia de Natal, também conhecida como consoada, é composta, tradicionalmente, por bacalhau cozido com couve portuguesa. Ao almoço do dia 25, em algumas zonas do país, é servida a “roupa-velha”, feita com os restos da consoada do dia anterior. O almoço é também constituído por peru ou cabrito, consoante a zona do país. A época é também conhecida por ser rica em doces, como por exemplo: bolo-rei, rabanadas, sonhos, filhós, mexidos, aletria, entre outros. Os presépios são de origem hebraica, a palavra significa manjedoura de animais e é um dos símbolos de origem cristã mais utilizados no Natal, que retrata o nascimento de Jesus. O primeiro presépio terá sido criado por S. Francisco de Assis, algures entre 1181 e 1226, e nele estavam presentes uma vaca, um burro, Maria, José e o Menino Jesus. Construído em volta das Árvores de Natal, com ou sem musgo, este é um costume que se foi expandindo até às dimensões actuais. A lenda do Pai Natal teve origem na figura histórica de São Nicolau, Bispo de Myra, que tinha o hábito de distribuir presentes entre os pobres na noite de 5 para 6 de Dezembro. Esta prática propagou-se por outros países, que mudaram a data para a noite de Natal e passaram a chamar Pai Natal àqueles que distribuíam as prendas. Enquanto São Nicolau se vestia com os trajes de Bispo, a imagem do Pai Natal como hoje o conhecemos deve-se à Coca- Cola que o vestiu com as suas cores ao incluí-lo na sua campanha de inverno nos anos 30. A Missa do Galo é celebrada à meia-noite, na passagem de dia 24 para 25, a Missa do Galo surgiu no século V pelos católicos romanos. É celebrada à meia-noite pois como comemora o nascimento do Menino Jesus deve ser feita à mesma hora a que se deu o nascimento Deste. O seu nome deve-se à lenda que conta que o galo terá sido o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus e por isso ficou com a missão de anunciar ao mundo o seu nascimento através do seu canto. Outra explicação existente provém de uma lenda que conta que a única vez que um galo cantou à meia-noite foi exactamente na noite em que Jesus nasceu. [Voltar] |