Um dia daqueles que

cuidam dos animais


São 10h30. O cartão à porta da clínica veterinária na Covilhã indica que abre às 11h, mas já se ouve barulho lá dentro. A veterinária Mónica Andrade e a enfermeira Andreia Silvestre acabaram uma cirurgia e preparam-se para atender os próximos utentes.

por Mafalda Tavares

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A equipa

Mónica Andrade, Andreia Silvestre e Vítor Carvalho são apenas três exemplos de profissionais
que prestam cuidados veterinários. Amantes de animais desde cedo, fizeram disso a sua vida e
trabalham, assim, naquilo de que realmente gostam.

Um dia numa clínica veterinária 

Um dia numa clínica veterinária nunca é o mesmo. “Se for um dia em cheio, é muito stressante, principalmente porque temos de fazer um bocadinho de tudo”, revela Andreia Silvestre.

Quando as associações de animais batem à porta


O número de animais que são abandonados está a aumentar cada vez mais. Quando as associações de animais entram em contacto com clínicas como esta, elas entram em ação. Desde fazerem preços mais em conta, às vacinas, até às esterilizações,
a equipa ajuda sempre no que pode. 


A Instinto, que se dedica a ajudar animais sem dono, é apenas uma das associações com quem a clínica trabalha. Desta vez, o cliente foi uma família de gatos que tinham sido abandonados. A veterinária Mónica Andrade meteu “mãos à obra” e fez os possíveis para os ajudar.

O melhor e o pior de trabalhar numa clínica veterinária 


Para Mónica Andrade, a melhor parte de trabalhar numa clínica veterinária é o contacto com várias situações e vários animais. A profissional revela que é muito gratificante tratarem os casos clínicos com sucesso. A desvantagem de trabalhar numa clínica é o facto de às vezes não terem horários de entrada nem de saída, e de os fins-de-semana e os feriados ficarem para trás.

Andreia Silvestre partilha da mesma opinião no que toca à melhor parte: “É o acompanhamento dos animais e o sucesso em vários casos clínicos”. O mais difícil “é chegar ao fim e ter de praticar a eutanásia”, diz Andreia Silvestre.

 “A melhor parte é quando as coisas correm bem e vemos a gratidão, quer nos clientes humanos quer nos clientes animais”, afirma Vítor Carvalho. “A pior parte é quando já não há nada a fazer ou quando as coisas correm mal e o nosso objetivo, que é tratar os animais, não é alcançado”.

Os utentes permanentes na clínica da Covilhã 


Da sala de espera vê-se uma sombra a passar pela porta do consultório e ouve-se um miar. É o Speedy, um dos gatos residentes na clínica da Covilhã que quer dar os bons dias. 

Mobirise

Speedy

Speedy já está na clínica veterinária há três anos. O motivo que o levou até lá não foi o melhor. Depois de um acidente que o deixou muito mal, os donos queriam que ele fosse submetido a eutanásia, mas a equipa da clínica não quis desistir tão cedo dele. O futuro ditava que ele não devia sobreviver, mas com os cuidados da atual família dele tudo mudou. Quando chegam clientes à clínica, ele é o primeiro a dizer “olá”. Gosta de dar abraços e de mamar nas orelhas das pessoas que lhe aparecem à frente e de brincar com os utentes animais.  

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Blue

Há um ano que a Blue chegou à clínica ao abrigo de uma associação de animais abandonados. Era suposto arranjarem-lhe uma nova família, mas Mónica Andrade afeiçoou-se demasiado a ela. Agora, parece o cão da veterinária. Assim que a ouve a chegar à clínica, vai a correr para a porta a miar. Para onde a profissional vai, Blue vai atrás. São inseparáveis. 

Mobirise

Olívia

Olívia chegou à clínica veterinária há mais seis anos depois de ter sido recolhida da rua com uma pata e metade do focinho destruídos. O plano era, tal como para Blue, arranjarem-lhe uma nova família. Mas o destino teve outro planos e acabou por ficar ao abrigo da clínica na Covilhã.