A TentadoraA Tentadora, um negócio recente e com uma abordagem inovadora, tem um sucesso crescente, tanto entre habitantes da Covilhã como, e cada vez mais, entre turistas nacionais e estrangeiros. Este estabelecimento, com cerca de 83 anos, localizado numa rua escondida, tornou-se cada vez mais conhecido. Com um nome extremamente original, que remonta de 1935, A Tentadora, antiga mercearia, de há quatro natais para cá tem instigado a curiosidade e o interesse de todos os que passam naquela rua. Abriu com a intenção de ser um espaço de co-work, no entanto, funciona hoje como espaço de workshops, clube de leitura e, claro, de loja que vende o que de melhor existe na área da gastronomia e artesanato, não só na Covilhã, como no resto do país. Conhecida por ser bastante acolhedora e rodeada de simpatia, ultrapassa todas as dificuldades trazidas pela sua localização, “As pessoas ainda não estão habituadas a vir para esta zona”, diz-nos a proprietária Elisabet Carceller e acrescenta: “É evidente que em outra localização teríamos muito mais gente”, no entanto, defende que “a loja não são apenas as prateleiras, tem toda uma história que não pode ser levada para nenhum outro lugar”.
De tudo o que se vende na loja, são os produtos alimentares, em geral, que prendem mais o público, principalmente as bolachas de cerveja, típicas da Covilhã e que são constantemente reinventadas com novos sabores, como canela, amendoim, chocolate e até gengibre. Segundo a proprietária, graças a este e outros produtos já conseguiram fidelizar bastantes clientes. Relativamente ao turismo da zona Elisabet explica que apesar de já terem clientes regulares, “cada vez vem mais gente de fora visitar o centro histórico, muitos pela arte urbana e pelo Wool (festival de arte urbana)”. “As pessoas gostam do conceito e encontram coisas diferentes, sabem que estão a ajudar pequenos produtores e valorizam isso”. Este foi o grande motivo apontado pela proprietária para a crescente afluência de turistas nacionais e estrangeiros.
A utilização de produtos locais foi um ponto comum que encontrámos noutros negócios da zona, como, por exemplo, a Casa das Muralhas e a Pura Natureza. A primeira, é dedicada à hotelaria e a segunda privilegia o comércio de produtos naturais e biológicos. Posto isto, é de notar que os produtos regionais e, consequentemente, os pequenos produtores têm sido favorecidos em relação às grandes corporações.