COVILHÃ: A crise não afecta o Natal

Embora o poder de compra esteja em baixa, os Covilhanenses não dispensam as compras típicas da época natalícia. Filhós, bolo-rei, sonhos, fatias douradas e, claro, o rei da festa, o bacalhau.

Nem a crise financeira afastou as pessoas do Serra Shopping, que no dia 24, véspera de Natal, estava repleto de gente. Tal como em anos anteriores durante a quadra natalícia, os centro comerciais enchem-se de pessoas que fazem as últimas compras de Natal ao som de músicas características da quadra. Os dias que antecedem o Natal são agitados, tudo se quer perfeito na quadra da família.
Olga Silvestre, de 42 anos, confessa que a véspera de Natal “é uma correria” porque é dia de fazer as últimas compras. Depois disso continua a correria porque passa a noite de Natal dividida entre a sua família e a do marido. O jantar é servido em casa dos seus pais, que não ficam acordados até à meia-noite. Depois do bacalhau e os doces, trocam-se as prendas. Por volta das 10 horas, Olga, o seu marido e o seu filho dirigem-se para a casa da sua cunhada onde passarão o resto da noite. Lá esperam-na os cunhados, sobrinhos e a sogra. Ao contrário do jantar em casa dos seus pais, na casa da cunhada é tudo mais animado porque a família é maior. Na mesa colocam-se os doces típicos da quadra e todos esperam pela meia-noite para trocar os presentes. Olga Silvestre afirma que passam a noite “a petiscar os docinhos de Natal” e quando chega a meia-noite o seu cunhado veste o fato de Pai Natal e entra com as prendas: “é o momento mais engraçado” diz Olga.
Mas nem todas as pessoas podem passar o Natal com a família, e para Laurinda Campos, de 82 anos, o Natal é bem diferente: “Passo o Natal sozinha e não faço nada de especial”. A idosa diz ter 5 filhos, dos quais já tem netos, mas mesmo assim confessa não ter disposição para festejar o Natal. Laurinda janta por volta das 9 horas e uma hora depois diz já estar a dormir. Para Laurinda o Natal é “um dia como todos os outros”.