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      Edição: 519 de 2009-12-29   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
Centro Comercial

MONTE ABRAÃO: Natal tradicional

As casas enchem-se de gente, fazem-se os doces típicos da época e o convívio é essencial.

> Mafalda Dinis

Em Monte Abraão, freguesia da cidade de Queluz, os enfeites da época natalícia são inexistentes. No dia 24 nas ruas apenas se vêem as pessoas que ainda têm compras a fazer no comércio tradicional, e trânsito é muito para os que preferem os centros comerciais, que estão abertos até às 19 horas. “Na cidade há muito este hábito, e como português que sou, compro tudo na véspera de natal”, confessa Francisco Faria.
Durante a tarde, para além das compras, fazem-se os últimos preparativos para a noite de Natal. A casa fica cheia, fritam-se as filhós, os sonhos, fazem-se as rabanadas, os doces, prepara-se o bacalhau, as couves e o peru para o jantar. Depois de tudo cozinhado, coloca-se a mesa com o melhor serviço de pratos, copos e talheres da casa, porque segundo Maria da Glória Faria “deve-se usar o que se tem de melhor, porque Natal é uma vez por ano, e para além de ser uma época especial, é celebrada em família”.
Após a ceia de Natal, convive-se à mesa, onde entre cada conversa se vão petiscando os doces típicos da época com sabores irresistíveis. O café dá lugar ao cacau e esperam-se as doze badaladas enquanto se recordam os bons tempos em família. Quando o relógio dá a meia-noite, trocam-se as prendas, “pequenas lembranças” como refere Maria Ivone Diniz, acrescentando que “os presentes são para as crianças, e a festa de Natal é para todos”.
O dia seguinte, 25, começa com a missa, pelas 9 horas, na Igreja de Nossa Senhora da Fé. Luciano Coelho é católico e vai todos os anos à missa do dia 25: “a missa deste dia é a mais importante do ano, é quando se celebra o Nascimento do menino Jesus em Belém”.
Ao meio-dia é servido o almoço, come-se cabrito acompanhado de um bom vinho, e em seguida as sobremesas da noite anterior. Muitas famílias têm pela frente uma longa viagem de regresso a casa. Para quem fica, a tarde é passada em família, fazem-se os telefonemas a desejar as boas festas para aqueles que se encontram longe, e conversa-se a tarde toda.
À noite, come-se a tradicional roupa velha, feita com as refeições anteriores, onde se terminam os doces da noite de Natal, e se repartem alguns pela família para nas suas casas se deliciarem com os doces da época.

 


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Data de publicação: 2009-12-29 00:00:01
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