VALONGO: Consoada iluminada

Com uma forte ligação às tradições do município, é em Valongo que se situa a casa cuja iluminação natalícia é das mais belas de Portugal.

Para assinalar mais um Natal, Valongo encheu-se de encanto, luz e alegria. A iluminação natalícia espalhada pelas cinco freguesias do concelho, esteve a cargo da Câmara Municipal e A maior parte das rotundas do município, assim como igrejas e capelas de algumas freguesias, encheram-se de brilho, com motivos característicos desta época.
Situa-se também em Valongo, uma casa que faz as delícias de miúdos e graúdos. Considerada uma das melhores iluminações natalícias do país, há mais de 20 anos que esta casa é o centro das atenções no limite do concelho de Valongo e já perto de Ermesinde. Não há quem resista a espreitar esta obra de arte, que é feita todos os anos por um casal de emigrantes que trouxe a ideia dos Estados Unidos. O casal diz que “trazem todos os anos novos materiais para que esta casa se encha de luz e encanto nesta época de festividade e alegria”.
Irene Barbosa afirma que já visitou "esta casa em anos anteriores mas anos este ano a decoração está ainda mais bela”. Carlos Moreira e a sua mulher dizem ter vindo visitar este local devido ao seu encanto e beleza. Rodrigo Moreira, filho do casal, ficou encantado com tamanho espectáculo, dizendo que “o Pai Natal vive numa casa muito bonita”. O dono da casa confirma que todos os dias recebe imensas cartas deixadas na caixa do correio, pois as crianças pensam ser aqui a residência do Pai Natal.
Esta quadra é essencialmente um momento de convívio entre famílias. Os pratos confeccionados no dia 24 são o bacalhau com batatas e tronchudas, e o polvo assado. Entre as doçarias mais apreciadas pela Família Garcês está o Pão-de-Ló e as rabanadas de mel e Vinho do Porto. Por isso mesmo, Margarida Garcês passou a tarde de Natal elaborando estes regalos muito gabados pelos seus familiares.
No dia 25 Idalina Santos levanta-se por volta das oito da manhã para acender os fornos, que mais tarde, vão dar cor ao peru e ao cabrito. Confeccionam-se também neste dia as “migas/farrapo velho”, que são restos do bacalhau e das batatas cozidas com legumes, do dia da ceia.
A doçaria mais apreciada é bolo-rei "Paupério" e a “Coroa de Paris”, um bolo menos conhecido e apreciado nesta quadra uma vez que se trata de um doce semifrio. José Barbosa diz que o este tipo de bolo-rei é o que mais aprecia porque é “um bolo-rei que tem mais frutos secos”.