PCP alerta para problemas sociais do distrito

Um alerta para o número de desempregados e também para os baixos salários que se registam no distrito são ao pontos principais saídos de mais uma reunião da Organização Regional de Castelo Branco do PCP.

A direcção deste órgão político, em comunicado enviado à Imprensa, refere que o número real de desempregados é bem mais elevado do que o apresentado pelo governo. Segundo o PCP, Portugal regista actualmente 716 mil desempregados, o que corresponde a 12,7 por cento da população.
Números que no distrito de Castelo Branco também começam agora a ganhar “graves contornos”. Na análise da situação política e social da região os membros do PCP alertam para o facto de “num distrito onde existem mais de 40 mil trabalhadores por conta de outrem e mais de 48 mil reformados e pensionistas, questões como os salários, pensões e reformas não podem deixar de ser vistas como factor essencial ao desenvolvimento e crescimento”.
A estes números juntam-se ainda os 11 mil desempregados do distrito e o resultado é “uma situação desastrosa a que acrescem dados de um estudo recente onde se demonstra que o poder de compra é dos mais baixos, o valor médio das pensões é de 306 euros (quando os valores nacionais rondam os 384 euros) e a percentagem de trabalhadores por conta de outrem na região centro que aufere um salário inferior a 600 euros é de 45 por cento”.
Este encontro serviu também para reafirmar que “no momento em que se discute o valor do Salário Mínimo Nacional (SMN) não se pode deixar de recordar alguns aspectos importantes como este índice ser um dos mais baixos da Europa revelando uma injusta distribuição da riqueza gerada pelos trabalhadores”. Nas conclusões enviadas à Imprensa, o PCP alerta para a importância do SMN e a implicação que este tem em milhares de famílias. Mas também, para o facto de melhor salários “conduzirem a melhores condições de trabalho”. Depois do aumento efectivo do SMN para 500 euros, em 2011, o PCP espera agora que este índice de remuneração chegue aos 600 euros, em 2013.