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> <strong>Carla Sanches (Universidade Federal de Juiz de Fora - Brasil)</strong><br />

Carnaval Português

> Carla Sanches (Universidade Federal de Juiz de Fora - Brasil)

Quando se pergunta a um brasileiro o que significa um dia de desfile de carros alegóricos, pessoas fantasiadas pelas ruas, música e bebida, ele, com certeza, irá responder que se trata do Carnaval. Mas esta não é a resposta correta quando se está em Portugal.
Para uma pessoa que não está habituada com as tradições do lugar é difícil imaginar a grandiosidade de um evento chamado de Latada. Pensar que a maioria dos estudantes de uma universidade esteve envolvida na preparação de um desfile durante mais de um mês pode ser algo incompreensível. Todavia, o pensamento muda quando se entra em contato e, principalmente, quando se observa a importância daquilo para a população local.
Para a estudante brasileira Ingrid Gonze, assistir à Latada fez com que ela mudasse de opinião a respeito das praxes da Universidade da Beira Interior (UBI). “No início do ano letivo, eu achei que as praxes eram maçantes para os caloiros e que eles não gostavam de passar por aquela situação. Durante a Latada, percebi o quanto eles estavam envolvidos com aquilo e vi que eles gostam desse tipo de integração”, argumenta a aluna de Desporto.
“Foi muito interessante ver a cidade toda envolvida com a Latada, desde as crianças até os velhinhos”, diz a estudante brasileira Abna Souza. Para a aluna de Medicina, o longo período de praxes motiva a integração entre os caloiros e os veteranos, o que não acontece da mesma forma no Brasil. Entretanto, ela acredita que os estudantes gastam muito tempo com os preparativos para a Latada ao invés de se dedicarem mais ao estudo. “No Brasil, os trotes duram cerca de uma semana e o pouco tempo impossibilita a total integração entre os estudantes. Em compensação, os alunos só ficam dispersos por pouco tempo. Depois que a primeira semana de aulas acaba, tudo volta ao normal”, afirma Abna.
Não há como negar que Brasil e Portugal são países separados por hábitos e costumes muito diferentes. Assim, o melhor que se pode fazer é deixar de lado aquela visão etnocêntrica do mundo, conhecer a cultura do outro e respeitá-la sem querer julgar o que é melhor e o que é pior.


Data de publicação: 2009-11-03 00:00:01
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