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      Edição: 498 de 2009-08-04   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
A cinta é apenas um primeiro exemplo da aplicação desta tecnologia

Vasto leque de aplicações

> Eduardo Alves

Na perspectiva de Sérgio Lebres, este tipo de utilização de novas tecnologias com os têxteis, está ainda a dar os primeiros passos.
Os têxteis inteligentes, que começam agora a ser concebidos na Universidade da Beira Interior, apresentam uma diversidade de aplicações assinalável. Para além da monitorização de diversos dados biométricos, consegue-se também realizar exames clínicos e acompanhamentos médicos.
A cinta para grávidas, com a finalidade de acompanhar o feto, em período de gestação, é apenas uma das muitas aplicações práticas dos têxteis inteligentes.
Para além da realização de exames, como um electrocardiograma, “em que muitas vezes as pessoas têm de fazer um exame durante 24 horas, o que implica trazem consigo os aparelhos de medição e registo dos batimentos cardíacos e outros”, há várias utilizações que podem ser facilitadas com esta tecnologia. Nesse sentido, estes novos tecidos, com a capacidade de incorporarem aparelhos de medição e registo “estão também pensados para o acompanhamento constantes da recuperação de lesões ou fracturas quer em atletas, quem em recuperação de politraumatizados”. O investigador exemplifica com um atleta de alta competição que se lesionou “e cujos médicos necessitam de ter exames e análise de recuperação através de medições frequentes”. Com a utilização deste tipo de material de recolha de sinais biométricos “isso é possível”, sem que o atleta ou as pessoas tenham de sair de casa.
Para além disso, no caso das grávidas, e como este tipo de aparelho tem capacidade para comunicar através da Internet”, o médico pode até fazer uma leitura do batimento cardíaco do feto, ou as contracções da barriga da mãe, “sem que esta necessite de se dirigir ao hospital, ou sair do seu emprego, por exemplo”, remata. Um avanço que está também pensado para “regiões como a da Beira Interior”. Numa zona “com uma logística difícil, torna-se fundamental trazer para o médico assistente ou para o obstetra a informação que a grávida pode dar no seu próprio espaço, no seu trabalho, no seu quotidiano”. Sérgio Lebres avança assim que “com este tipo de instrumentos, a telemedicina é também real, porque estes dados podem ser enviados para um médico que esteja em qualquer parte do mundo”. A ideia é funcionar em rede “de modo a que as grávidas e outros pacientes possam ser monitorizados no seu dia-a-dia sem que a sua rotina seja alterada. Todo o sistema pode estar ligado ao médico ou ao profissional de saúde e reabilitação através da Internet”.
Comunicação directa e em tempo real, sem que as grávidas, no caso da cinta, ou outros pacientes tenham de alterar a sua vida ou deslocarem-se aos serviços hospitalares, é este também um dos avanços implantados pelo “Smart-Clothing”. Este vestuário inteligente poderá agora ter outras aplicações “cobrindo diversas zonas do corpo”.
O desenvolvimento deste protótipo interligou vários Departamentos da UBI, desde a Engenharia Têxtil, à Electromecânica/IT, Informática e Física e teve como parceiros o Centro Hospitalar da Cova da Beira e a Integration Associates, Inc/Silicon Labs, Inc.

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A cinta é apenas um primeiro exemplo da aplicação desta tecnologia
A cinta é apenas um primeiro exemplo da aplicação desta tecnologia


Data de publicação: 2009-08-04 00:01:00
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