Voltar à Página da edicao n. 492 de 2009-06-23
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
      Edição: 492 de 2009-06-23   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  

“A UBI tem vindo a fazer um caminho de afirmação no panorama nacional”

> Eduardo Alves

Urbi@Orbi – Mudando para uma área que diz mais respeito ao Conselho Geral, qual é a sua opinião sobre esta nova forma de gestão das universidades?
João Seabra –
Este modelo de gestão reflecte a forma como as universidades têm que se posicionar hoje em dia, integrando todos os “stakeholders” internos, mas mostrando um compromisso claro de abertura ao exterior. Penso que, nomeadamente, esta abertura à sociedade através dos membros cooptados permite levar às Universidades outras perspectivas, quer ao nível do ensino, quer da transferência de conhecimentos para o exterior, quer ao nível do próprio modelo de desenvolvimento e governação da instituição.
Neste domínio preocupa-me, em particular, a forma como a UBI terá que encontrar formas de multiplicar e tornar cada vez mais eficiente, contratos de transferência de tecnologia com empresas, numa dinâmica “win-win”. Ou seja, as empresas encontram na UBI as competências necessárias à solução de problemas, que não estão vocacionadas para resolver, e a UBI encontra financiamento para garantir a contínua geração de conhecimento.

Urbi@Orbi – Também partilha a ideia de que é cada vez mais necessário um papel activo de membros externos nas instituições universitárias?
João Seabra –
Sem dúvida. Enquanto aluno sempre achei que não havia, ou pelo menos não era clara para os alunos, uma boa articulação entre as necessidades do mundo do trabalho e a forma como o ensino estava estruturado para lhes dar resposta. Este é um dos exemplos em que os membros externos poderão colaborar. Outro exemplo é o contributo para que as universidades, e a UBI é disso um dos melhores exemplos, possam encontrar formas simbióticas de se relacionarem com o meio em que se inserem, e assim serem motor do desenvolvimento socio-económico das regiões.

Urbi@Orbi – Antes de ser convidado para integrar o Conselho Geral da UBI, qual a imagem que tinha da instituição?
João Seabra –
Da UBI tinha apenas a perspectiva que me era dada, de forma indirecta, pelos alunos que temos vindo a receber na Siemens para a realização de estágios e em doutoramentos. Com estes alunos temos sido capazes de desenvolver trabalhos nas áreas do software e algoritmos de processamento de imagem, em particular no processamento de imagem médica. Neste domínio, a colaboração com a UBI tem resultado bem, quer porque os alunos demonstram boa preparação, quer pela boa articulação que temos conseguido com os co-orientadores.
De resto, tinha a percepção de que a UBI tem vindo a fazer um caminho de afirmação no panorama das universidades nacionais, pela diferenciação em algumas áreas chave e pela implementação de novos métodos de ensino mais centrados no aluno.
De forma mais particular, e pela proximidade com a minha área de responsabilidade profissional, foi com interesse que acompanhei o desenvolvimento da Faculdade de Ciências da Saúde.

Urbi@Orbi – Depois de conhecer a Universidade da Beira Interior e o seu funcionamento, essa imagem mudou em alguma coisa?
João Seabra –
A proximidade com a UBI, que a integração no Conselho Geral me tem proporcionado, veio permitir conhecer a perspectiva mais humana da instituição, pelo contacto com alunos, funcionários, professores e investigadores. Neste “sentir” da UBI fica o sentimento de que aqui vive uma população académica que, através da sua dedicação ao estudo e competência nos domínios da investigação e ensino, assumem o compromisso de colocar a UBI num patamar de qualidade que visa o seu reconhecimento no panorama nacional e internacional.

Perfil de João Seabra

A colaboração com a UBI tem resultado bem



"Os membros externos permitem outras perspectivas"


Data de publicação: 2009-06-23 00:01:00
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