Voltar à Página da edicao n. 481 de 2009-04-07
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O Circo Mundial divertiu Belmonte

A magia do Circo regressou a Belmonte

O maior espectáculo do mundo esteve de volta a Belmonte. Pela mão do Circo Mundial, foi possível assistir a ferozes tigres saltando entre chamas, audazes trapezistas, endiabrados palhaços e até a um... gigantesco hipopótamo ocupando a tenda. O showman Luís Muñoz, como Homem-bala, foi a principal atracção de um acontecimento que ninguém vai esquecer tão cedo.

> Marco Morais

Senhoras e senhores, meninas e meninos... o circo esteve de volta à terra de Pedro Álvares Cabral. Foi com enorme estupefacção que os mais novos rebentos de Belmonte assistiam ao colorir da vila por cartazes que representavam, hipopótamos, avestruzes, tigres, e ainda alguém a quem chamavam de homem-bala. A confusão ia-se instalando nas jovens mentes: mas que vem a ser isto? Que espectáculo poderá conter tanta coisa que me agrada? Eram as perguntas que as expressões de espanto revelavam. Assim, nos dias que antecederam os espectáculos, o burburinho era imenso, e os boatos sucediam-se: “Ouvi dizer que o homem-bala só pára no castelo!”  o que foi suficiente para até os sempre cépticos pais pôr em sentido.
Em tournée nacional, o Circo Mundial passou, neste mês de Março, também por Castelo Branco e pela Covilhã. Numa região que se desabituou deste tipo de eventos, foi possível sentir de novo a magia circense no ar. Mas nos tempos de hoje, atrás dessa magia paira uma enorme nuvem negra que ameaça cada vez mais tapar um dos mais belos espectáculos a que podemos assistir. Os custos, e a tão falada crise não são brincadeiras de atrevidos palhaços e assumem contornos bem tristonhos para quem gere uma cidade-circo. O esforço financeiro, para quem leva atrás de si 35 funcionários, 22 camiões TIR, nove veículos ligeiros e oito caravanas, para além dos custos com animais e seguradoras, é enorme e tira a vontade de fazer palhaçada a qualquer pessoa normal. Mas quem “corre por gosto não cansa” e na altura de começar o espectáculo, lá está Rui Mariani, apresentando-o com pompa e circunstância, de sorriso nos lábios pronto a enaltecer qualquer habilidade que um membro da sua “família” faça. E muito tem o Circo Mundial que enaltecer, ele é risco e diversão por todo o lado.
Os espectáculos, iniciaram por volta das 22 horas e registaram sempre boas casas. A multidão, ávida de circo, rejubilou quando Mário Mariani, “o mais jovem domador da Europa”, foi chamado à jaula para incitar os seus tigres a conseguirem perigosas habilidades, iniciando assim o evento da melhor maneira. De facto, não é todos os dias que a cinco metros de nós estão os mais perigosos felinos do mundo a saltarem alegremente, por entre o fogo . De seguida, Belmonte conheceu o atrevido palhaço Vilas, que irrompia pelo palco “irritando” o apresentador Rui Mariani, numa relação que divertia imenso a plateia. O constante “desentendimento” entre os dois foi-se prolongando pela noite sempre que a trapezista Amanda,  os malabaristas húngaros Cady e Suzy ou a ginasta Marisa, acabaram as suas actuações. Por entre, ora perigosas, ora divertidas, performances, foi também possível ficar estupefacto pelo tamanho assustador de um hipopótamo adulto e pela forma fácil como devorava um melão inteiro. Coisas que num dia normal seriam surreais, eram oferecidas naquela tenda minuto a minuto, e de repente, já era possível tirar uma foto com um tigre bebé ao colo, e para o culminar diziam que um homem de 52 anos e 120 quilogramas iria ser disparado de um canhão gigante e sobrevoar uma distância de 12 metros.
Suscitaram enorme curiosidade os minutos em que o canhão gigante foi montado. Os olhos dos presentes não desgrudaram do mesmo desde que ele entrou na tenda até que Luís Muñoz foi, literalmente, disparado. Rui Mariani ia descrevendo o homem-bala e ao mesmo tempo provocando o suspense acerca do arriscado número. Afinal que iria acontecer ao intrépido senhor que estava dentro do gigante canhão? Ninguém sabia, até que qual rolha de champagne, Luís Muñoz saí disparado a grande velocidade caindo metros mais à frente na rede. Estava desvendado o número, permanece o mistério da proeza.
Por entre o cheiro a pólvora, o desfile de atracções continuou pelas mãos da ginasta Suzy e dos “internacionais” palhaços Mariani. Já era outro dia quando o circo acabou e a principal preocupação dos pais era agora saberem como os filhos iriam dormir depois daquela excitação toda, juntamente com a pena de verem abalar o circo para Celorico da Beira, onde iria permanecer o fim-de-semana. A corrida nunca acaba para os senhores do circo e como diria Rui Mariani: “Até sempre!”

> bruna . gfcosta @ gmail . com em 2009-04-01 21:47:52
excelente noticia, muito bem estruturada e conseguida.

> ana @ hotmail . com em 2009-04-07 21:56:35
Oh bruna.gfcosta@gmail.com deves estar a gozar... É que só pode. lololol


O Circo Mundial divertiu Belmonte
O Circo Mundial divertiu Belmonte


Data de publicação: 2009-04-07 00:03:00
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