Vírus da gripe leva centenas de pessoas aos hospitais

O vírus da gripe sazonal chega todos os anos no Inverno sem saber de onde vem e para onde vai. As rotas seguidas por este agente infeccioso continuam a ser um mistério para os cientistas. Dois factores condicionam o percurso do vírus e facilitam a transmissão: a temperatura reduzida e a humidade. Embora também aconteçam casos no verão é no Inverno que as epidemias se alastram com mais facilidade.
As características das estirpes mudam a velocidade de transmissão e mutação. Por exemplo, o tipo A – actualmente em circulação – provoca epidemias de maior duração e intensidade do que o grupo B. E há ainda outro factor muito importante: o grau de imunidade da população. Daí ser tão importante aumentar a percentagem de indivíduos vacinados. Para a actividade gripal 2008/09, somente 1,7 dos dez milhões de portugueses terão acesso à vacina.
As equipas médicas foram reforçadas em todo o país e vários centros de saúde alargaram o horário de funcionamento para atender os doentes que chegavam a todo instante. Diversos hospitais, como o Amadora-Sintra e o Santa Maria, em Lisboa, tiveram uma superlotação nas emergências, e juntos somaram entre 12 e 13 mil doentes.
Foi recomendado à população para só procurar os hospitais em casos graves. No início desta semana os privados também tiveram os consultórios cheios. Segundo a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, o aumento da afluência variou entre 15% na unidade portuense dos Hospitais Privados de Portugal e os 75% na Casa de Saúde de Guimarães. Os tempos de espera nas filas chegou a três horas no Hospital da Luz, Lisboa.

Voltar