Barreiras arquitectónicas são principal obstáculo

A principal dificuldade com que Luís e Gustavo se deparam são as barreiras arquitectónicas. Apesar de a legislação obrigar os locais públicos a serem acessíveis a todos, na maioria dos casos isso ainda não acontece. “Só há um espaço na Covilhã adaptado para nós. É o Centro de Emprego. Queremos ir à Câmara, às Finanças, ao Registo Civil, tem tudo escadas”, observa Luís Matos, num misto de indignação e impotência.
“Nos edifícios públicos temos um problema enorme, a começar pela Câmara. Cá fora há passeios altíssimos, lá dentro só escadas”, confirma Gustavo. “Há acessos que podiam ser feitos de maneira mais adequada”, acrescenta, referindo-se a rampas íngremes impossíveis de utilizar. Os lugares de estacionamento, consideram, são insuficientes. E deparam-se ainda com a falta de civismo de quem ocupa sem precisar os que existem. A começar por quem devia dar o exemplo, como é o caso da polícia.
Porém, elogiam espaços como o Serra Shopping ou o hospital, devidamente adaptados. O mesmo acontece na UBI , onde demoram mais tempo, mas conseguem deslocar-se para onde querem.

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