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A estética/ inestética do Natal lisboeta

LISBOA: A (in)estética do Natal

Lisboa, este ano, sofreu algumas alterações nas decorações da quadra natalícia que não foram do agrado dos alfacinhas. A piorar esta “mudança de visual” da capital, esteve a falta de recolha do lixo nos dias 24 e 25 de Dezembro.

> Rita Nunes da Silva

O Natal em Lisboa sofreu este ano algumas mudanças estéticas. Motivos: o facto das decorações terem ficado a cargo de empresas privadas e de não ter havido recolha de lixo nos dias 24 e 25 de Dezembro.
No seu site, a Câmara Municipal de Lisboa, avisa os lisboetas de que “considerando a época natalícia, que nas noites de 24 e 25 de Dezembro (4.ª e 5.ª feira) não haverá recolha de lixo”. Esta situação levou a que muitas zonas de Lisboa tivessem ficado a parecer verdadeiras lixeiras. José Coelho, morador em Campo de Ourique, um dos bairros lisboetas onde se verificou esta situação, comenta que “ é uma pena a cidade ficar neste estado, gasta-se tanto dinheiro em iluminações, presépios e decorações para embelezar a cidade, e no dia de Natal saímos à rua e só vemos lixo”. De facto só em Campo de Ourique, e num raio de dois quarteirões, verifica-se que existem dois ecopontos completamente cheios e rodeados de lixo, os caixotes dos prédios também se apresentam na mesma situação.

Carolina Charme, moradora no bairro de S. Sebastião, perto do Parque Eduardo VII, diz que “apesar de notar que os caixotes estão a precisar de ser recolhidos, não se comparam ao estado em que estavam há duas semanas atrás, quando se deu a greve do lixo, em que as ruas chegavam a cheirar muito mal”.

O que também não deixou os alfacinhas muito contentes, foram as substituições nas decorações natalícias tradicionais da Baixa Pombalina, que este ano foram trocadas por motivos natalícios com publicidade a uma rede móvel. Na Avenida da Liberdade, apesar de as luzes aplicadas às árvores serem cada vez mais sofisticadas, foram também aplicados caixotes azuis com o símbolo de uma conhecida marca de automóveis. António Costa, presidente da Câmara de Lisboa diz que esta é uma maneira de “ter mais ruas iluminadas sem encargos para o município”. Já Leonor Meira, estudante, diz que esta foi uma “triste iniciativa, que não veio tirar o espírito desta quadra à cidade, mas que a beleza a que os lisboetas se habituaram não é a mesma” e que prefere as decorações tradicionais

O excesso de lixo e as iluminações parecem ter estragado o Natal dos lisboetas . Ainda assim, Lisboa continua a ser um dos locais preferidos para se fazerem as compras próprias desta época. Nos dias que antecederam o Natal, as ruas da capital estavam congestionadas e o tempo de espera para entrar em qualquer parque de estacionamento, desesperaram os que se dirigiram aos centros comerciais. Como seria de esperar esta agitação manteve-se até ao fim da tarde de dia 24.

Quanto a actividades ao ar livre, até dia 6 de Janeiro Lisboa recebe diversas actividades como os “Contos de Luz Natal 2008” que promete muitos espectáculos em várias ruas da cidade. Uma pista de gelo na Av. da Índia e a tão falada maior árvore de Natal da Europa, instalada no Parque Eduardo VII, são dois dos locais a visitar em Lisboa.


A estética/ inestética do Natal lisboeta
A estética/ inestética do Natal lisboeta


Data de publicação: 2008-12-30 00:00:01
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