Voltar à Página da edicao n. 456 de 2008-10-21
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      Edição: 456 de 2008-10-21   Estatuto Editorial   Equipa   O Urbi Errou   Contacto   Arquivo  
O consumo da água tem de ser encarado de outra forma

Mudança de mentalidade

> Ricardo Morais

O ministro do Ambiente, Nunes Correia, pede uma mudança de mentalidades na forma de encarar a factura doméstica da água, considerando que as famílias encaram melhor despesas mais caras com telemóveis. “As pessoas pagam fortunas por um serviço de telemóvel, mas quando pagam 10 euros por mês pela água duma casa de família, acham um escândalo. Há aqui uma mentalidade que tem que ser alterada”, referiu.
“Não gosto desse dramatismo que se instala, de que a água vai subir. A água tem que caminhar para valores racionais e tem que haver tarifas com preocupações sociais, mas com sustentabilidade do sector. É preciso estar vigilante e atento à população que tem dificuldades em pagar. Mas é preciso introduzir racionalidade”, destacou, apontando o exemplo de locais onde “ainda se pagam cinco cêntimos por metro cúbico de água”, quando em municípios ao lado, em condições iguais, “pagam-se três euros”.
O tema mexe com uma factura sensível para os agregados familiares. A ADP tem se queixado de que a tarifa cobrada pela maioria das autarquias aos munícipes é insuficiente para pagar a factura às entidades responsáveis pelo abastecimento e tratamento de águas residuais.
Por outro lado, o ministro do Ambiente já garantiu, durante a apresentação do PEAASAR II, que os fundos comunitários destinados a projectos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais vão contribuir para equilibrar as tarifas cobradas aos munícipes, tornando-as socialmente mais justas.
A Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental não defende nenhum modelo de gestão em particular, “mas vai promover a troca de ideias”, sublinhou.
Durante o encontro, na Covilhã, vão ser também exploradas as melhores formas de desenvolver sistemas de saneamento em zonas de baixa densidade populacional, onde, por isso, é mais difícil rentabilizar os investimentos. Haverá ainda apresentações sobre técnicas e gestão da água e saneamento na comunidade de países de língua portuguesa, “ponto que será interessante para os empresários e para Portugal perceber onde pode colaborar”, concluiu Saldanha Matos.

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O consumo da água tem de ser encarado de outra forma
O consumo da água tem de ser encarado de outra forma


Data de publicação: 2008-10-21 00:00:00
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