Voltar à Página da edicao n. 448 de 2008-08-26
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A Adega da Covilhã passa por momentos menos bons da sua história

Momentos decisivos na Adega da Covilhã

A próxima campanha de vindimas vai ser fundamental para a continuidade da adega. Na passada semana, o único candidato à presidência conhecido até agora pediu aos associados que entreguem as suas uvas na Covilhã. Caso contrário, a cooperativa fica em risco.

> Eduardo Alves

Perto de 80 associados – (dez por cento do total) – estiveram na passada sexta-feira, 22 de Agosto, na Assembleia Geral da Adega Cooperativa da Covilhã. Este organismo atravessa um dos piores momentos da sua já longa história.
Os associados “desesperam” já com a espera do dinheiro das quatro últimas campanhas. As sucessivas demissões das equipas directivas e a crise do sector arrastaram a cooperativa para o estado actual. Bidarra Andrade foi o último presidente eleito, em finais do ano passado, mas também este se encontra demissionário, embora a sua equipa esteja a conduzir toda a preparação da campanha deste ano que deve arrancar em meados de Setembro.
Francisco Matos Soares é, até este momento, o único candidato conhecido para suceder a Bidarra Andrade. Matos Soares falou aos sócios da adega, na passada sexta-feira, no sentido de trazerem, “mais um ano”, as suas uvas para a cooperativa. Com uma equipa formada e algumas ideias em carteira, Matos Soares começou também já a por em prática algumas iniciativas “para levantar a instituição”. A principal passa pela obtenção de verbas, junto da banca, para manter a adega em funcionamento.
Neste momento, “ainda existem verbas de um empréstimo avançado pela Caixa de Crédito Agrícola, o BCP já aprovou o nosso pedido de empréstimo e esperamos que a Caixa Geral de Depósitos também aprove”. Segundo o candidato à presidência da adega, “dentro de uma semana devemos já ter a resposta”. Daí que a assembleia geral da passada sexta-feira tenha sido dada como “adiada”.
Caso ganhe as eleições, Matos Soares promete fazer uma pequena revolução nos pagamentos aos associados e no marketing dos vinhos. Medidas que considera darem “soluções de futuro” à instituição. Mas para que resultem “os associados têm de ter esperança e não vendam as suas uvas a outros”. Até porque “nós estamos a trabalhar há já algum tempo, com muito esforço, para que possamos levantar a adega. E isto é possível, por um lado, se a banca apoiar e por outro, se os associados trouxerem as suas uvas. Porque se eles não trouxerem as uvas, nós não conseguimos viabilizar a adega”, sublinha o candidato.
O único candidato conhecido até este momento adianta também que uma das promessas fortes da sua equipa passa pela nova forma de pagamento das uvas. Matos Soares explica que “a nossa promessa vai para encarar os associados, também como fornecedores e temos de começar a pagar alguma coisa mal a matéria-prima entre, a nossa ideia é pagar 50 por cento do valor estimado da liquidação, logo no acto de entrega das uvas e o restante será pago no ano seguinte e na liquidação”.
Outro dos projectos que a única lista candidata está a desenvolver “é o lançamento de uma campanha de marketing para dois novos vinhos”. Trata-se do Conde Julião, um vinho regional que vai passar à classe DOC “e temos também o Monte Serrano que será alvo de uma campanha de promoção”, acrescenta o candidato. Nos próximos dias, a assembleia deverá reunir novamente e marcar as datas do período eleitoral.


A Adega da Covilhã passa por momentos menos bons da sua história
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Data de publicação: 2008-08-26 00:00:00
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