Os testes ao pavilhão Ponte
Foi um mês de intenso trabalho a estudar o comportamento de uma dezena de estacas que na maqueta produzida à escala de 1/63 não têm mais que alguns centímetros, mas que no leito do rio Ebro chegam a atingir 60 metros de profundidade.
> Eduardo AlvesO estudo que foi organizado por Martin Vid, do Politécnico da Catalunha contou com a colaboração da UBI “no sentido de calendarizar, programar, realizar ensaios e interpretar os dados recolhidos, de modo a ser possível concretizar, no tempo disponível, as medidas de protecção das várias estaca”, adianta Cristina Fael.
O que se começou por fazer “foi testar a estrutura no comportamento às erosões localizadas, verificar se o que se tinha obtido em termos de modelação ou de modelos da aplicação das formas existentes na bibliografia estava de acordo, uma vez que eles tinham cavidades de erosão de 25 metros, e no nosso caso deu-nos cerca de 17 metros”.
A fase seguinte passou por “testar as protecções e quais os enrrocamentos que deveriam ser utilizados, qual a dimensão e espessura destes de forma a não deixarem as estacas que sustentam a descoberto, uma vez que estas só podem estar a descoberto em seis metros de profundidade, no máximo”.
O maior problema é que, devido à forma da estrutura, estas estacas não são alinhadas umas com as outras, nem com o rio, logo, as fórmulas convencionais nem sempre se podem aplicar. Até porque “aqui há sempre muita subjectividade, porque a peça tem uma forma irregular, não é quadrada, não é rectangular e logo as fórmulas tendem a mostrar-se algo inadaptadas”, descreve a docente da UBI.
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