Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 437 de 2008-06-10 |
“Os Sobreviventes” estreiam no TMG
O Projéc~, estrutura de produção teatral do Teatro Municipal da Guarda, vai estrear a sua sexta produção no próximo dia 25 de Junho. Trata-se de “Os Sobreviventes”, de Manuel Poppe, com encenação de Américo Rodrigues e interpretação de Dora Bernardo e de João de Melo. A peça ficará em cena no Pequeno Auditório até 27 de Junho, com sessões às 21.30 horas.
> Urbi“Os Sobreviventes não fala, apenas, dum amor impossível. O nosso tempo é o tempo da morte do amor. É o tempo da solidão. Do medo. Da fuga. Perdemos o sentido do sagrado, que exige o encontro, a entrega, a coragem do risco”, diz o autor da peça. Poppe sublinha também que “o nosso tempo é um tempo dessacralizado. Os homens falam sozinhos, num deserto, no imenso vazio em que se transformou o mundo”.
A história que vai ganhar forma no TMG é a história de Esmeralda e Gabriel e ilustra essa tragédia. E o reencontro deles, malgrado a diversidade que os divide, “é um grito desesperado. Agarram-se um ao outro porque sabem que o seu amor, que sempre os aproximou e separou, representa a derradeira esperança. Em frente têm o glaciar – o circo povoado por fantasmas, a sociedade do culto do lucro, do neo-canibalismo, da indiferença”. Um reencontro que representa a última, mas nunca consumada, batalha: “querem confrontar-se. Será a única maneira de se recuperarem. Quer dizer: de recuperarem a condição de Pessoa, no universo dos objectos”, escreve o autor, Manuel Poppe, sobre “Os Sobreviventes”.
O Projéc~ já levou a cena “…e outros diálogos”, de João Camilo, com encenação de Luciano Amarelo (Setembro de 2006), “A Cozinha Canibal”, de Roland Topor, com encenação de Américo Rodrigues (Janeiro de 2007), a ópera “Na Colónia Penal”, com texto de Franz Kafka e música de Philip Glass, numa encenação de Américo Rodrigues (Março de 2007), “O Barão”, de Luis de Sttau Monteiro, numa encenação de Fernando Carmino Marques (Setembro de 2007) e “Eu queria encontrar aqui ainda a terra”, de António Godinho e Manuel a. Domingos, com a encenação de Luciano Amarelo (Maio 2008).
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