Voltar à Página da edicao n. 431 de 2008-04-29
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A Câmara da Guarda estuda a possibilidade de instalar videovigilância no centro histórico

Videovigilância no Centro Histórico da Guarda

No Centro Histórico, os actos de vandalismo são denunciados pelos comerciantes que reclamam mais policiamento e reforço da iluminação pública. Câmara admite a hipótese de instalar câmaras de videovigilância.

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O presidente da Câmara Municipal da Guarda admitiu na passada semana o recurso à videovigilância e à redução dos horários dos estabelecimentos nocturnos, para diminuir os actos de vandalismo no Centro Histórico da cidade.
Um estudo elaborado pela Associação Comercial da Guarda (ACG) indica que os comerciantes da parte antiga da cidade defendem o reforço do policiamento, a instalação de câmaras de vigilância e o reforço da iluminação pública, para reduzir os constantes actos de vandalismo na zona. Confrontado com as preocupações dos lojistas, o presidente da Câmara da Guarda, Joaquim Valente, admite que a solução passará pelo reforço do policiamento na zona, mas que a autarquia também pondera "limitar e condicionar o prolongamento de horários de algumas unidades de diversão nocturna" e recorrer à videovigilância. "Temos feito esta reflexão com a PSP e a polícia está ciente que é necessário encontrar formas para combater este vandalismo", refere. "Temos que encontrar soluções", acrescenta o autarca, indicando que o executivo poderá "equacionar a hipótese da videovigilância" para garantir mais segurança a quem vive e trabalha no Centro Histórico.
O estudo da ACG sobre o vandalismo na parte antiga da Guarda, elaborado em Dezembro do ano passado mas apenas divulgado no final da última semana, indica que "cerca de 84 por cento dos inquiridos responderam que têm conhecimento de situações de vandalismo no Centro Histórico da Guarda". A tipologia de ocorrências identificadas incide, para além da vandalização de caixotes do lixo, montras partidas, furtos, desacatos, assaltos e danos em viaturas, em aspectos relacionados com alegado tráfico e consumo de drogas.
A ACG também concluiu que acontecem mais situações nos meses de Agosto, Setembro e Outubro. A quinta, sexta-feira e sábado são os dias da semana considerados mais problemáticos, ocorrendo maior número de casos entre as 22 e as quatro horas da manhã, segundo refere o estudo. O mesmo documento indica que "84,34 por cento dos inquiridos têm conhecimento de situações de vandalismo" e que, entre estes, "45,71 por cento já viram o seu estabelecimento vandalizado". Refere que "75,71 por cento consideram que os comportamentos de vandalismo estão a aumentar, mais de metade destes comerciantes identificam o tráfico e consumo de drogas, as montras partidas, os furtos, os desacatos e as viaturas assaltadas/vandalizadas como as ocorrências mais frequentes, resultantes dos comportamentos de vandalismo".
A Associação Comercial, presidida por Paulo Manuel, justifica a realização do estudo "face a inúmeros relatos e reclamações sucessivas de vandalismo" que os comerciantes do Centro Histórico fazem chegar à instituição. O responsável salienta que o levantamento de dados porta-a-porta foi efectuado com vista a "melhor esclarecer esta questão junto das entidades com responsabilidade nesta matéria". "Infelizmente, na maior parte das vezes, os cidadãos não apresentam as suas participações nas entidades competentes", assinala Paulo Manuel.
O estudo abrangeu 83 comerciantes do Centro Histórico da Guarda.


A Câmara da Guarda estuda a possibilidade de instalar videovigilância no centro histórico
A Câmara da Guarda estuda a possibilidade de instalar videovigilância no centro histórico


Data de publicação: 2008-04-29 00:01:00
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