Medidas de prevenção para o AVC

Miguel Castelo Branco adianta algumas das medidas que podem ser tomadas no dia-a-dia como forma de evitar um AVC e ter uma vida mais saudável.

“Há que ter cuidado com a promoção da nossa saúde e isso passa pela nossa alimentação, evitar elementos que estejam já identificados como sendo agressores, que é o caso do sal e as fontes de gordura. Ao mesmo tempo deve ser uma alimentação rica em verduras e em fruta, que é uma coisa que as pessoas esquecem um pouco. Estes dois grupos representam alimentos protectores da nossa saúde, têm coisas que dentro da sua natureza se revelam anti-oxidantes e reguladores do aparelho digestivo, inclusivamente proporcionam elementos protectores do aparelho circulatório.
Depois a vida também não deve ser sedentária. As pessoas têm de ter actividade física, o nosso corpo foi feito para ter movimento, para andar, para correr. Devemos programar actividade física com regularidade. Devemos fazer alguns quilómetros a andar com passo que não deve ser de passeio, mas sim, com um passo um pouco mais rápido, porque isso importa para o equilibro das nossas energias. A actividade física é boa, não só para gastar as energias acumuladas e leva ao gasto das gorduras, como também, para proporcionar a optimização do nosso aparelho cárdio-respiratório. Depois temos também de evitar coisas como o tabaco e outro tipo de agressores que se fala muito e já conhecemos. Tudo isto para uma prevenção e promoção inicial.
Agora, existem também aspectos fundamentais como os que passam pela necessidade de procurar encontrar as tais coisas que não se sentem como a medição da tensão arterial, da diabetes, do colesterol e há que ter ao longo da vida alguns encontros com o nosso médico de saúde para fazermos estes exames e tentar encontrar e corrigir algumas situações que possam existir.
Caso estes problemas existam, é muito importante haver um programa adequado de seguimento. É preciso tratar a pressão arterial, o que não significa estar a tomar comprimidos e não controlar a pressão, ou seja, é preciso verificar se os valores foram para aquilo que se pretende, e o mesmo acontece com o colesterol e com a diabetes. Tudo isso são factores importantes que temos de fazer e que implicam já alguma interacção com o sistema de saúde e com o médico de família. Com estas coisas podemos reduzir dramaticamente o risco de doenças vasculares e não estamos só a falar dos AVC’s, mas também de doenças coronárias como o enfarte agudo e que atacam mais cedo. Se nos quisermos proteger contra estas doenças que hoje são a principal causa de mortalidade no mundo, é importantíssimo ter em atenção estes factores”.

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