Voltar à Página da edicao n. 425 de 2008-03-18
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Apenas três concelhos criaram as equipas de intervenção permanente solitadas pelo Governo Civil da Guarda

Só três concelhos criam equipa de Intervenção Permanente

No distrito, só Guarda, Seia e Celorico da Beira assinaram acordos com o Ministério da Administração Interna para criação de equipas permanentes de bombeiros. Uma situação que a Governadora Civil, Maria do Carmo Borges, lamenta, embora acredite que até ao Verão todos os concelhos adiram.

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A Governadora Civil da Guarda anunciou na passada semana que apenas três das 14 câmaras do distrito celebraram protocolos para a criação de Equipas de Intervenção Permanente nos bombeiros, situação que lamenta.
Segundo Maria do Carmo Borges, até ao momento, só as autarquias de Seia, Guarda e Celorico da Beira assinaram os acordos com o Ministério da Administração Interna. A responsável adianta que as Câmaras de Vila Nova de Foz Côa, Almeida e Trancoso "vão assinar em breve" o protocolo que permite a criação das equipas, formadas por cinco elementos, que funcionarão junto dos corpos de bombeiros. A Governadora Civil da Guarda falava à Agência Lusa durante as comemorações distritais do Dia da Protecção Civil que incluiu uma reunião da comissão distrital de protecção civil, um simulacro na Serra da Estrela, uma visita às obras de construção do quartel dos bombeiros de Loriga e à freguesia de Sazes da Beira (Seia) onde foi realizada uma acção de silvicultura preventiva no perímetro da localidade.
Em relação à fraca adesão das autarquias do distrito da Guarda à criação de Equipas de Intervenção Permanente, a governadora lamentou a situação. "Culpo-me primeiro a mim porque, se calhar, ainda não fiz chegar a cada um dos presidentes os argumentos suficientes da importância de terem uma equipa permanente de bombeiros no seu concelho, quando era uma oportunidade de termos pessoas sempre disponíveis e durante o ano todo", afirma. Maria do Carmo Borges recorda que no âmbito do protocolo as Câmaras Municipais suportam cinquenta por cento dos custos com os vencimentos e que a restante verba é da responsabilidade do Estado. Justifica que os autarcas que ainda não assinaram os protocolos argumentam que ainda não o fizerem porque "falta algo na legislação que diga o que vai acontecer às pessoas após três anos" ao serviço. "Estou convencida que até à altura critica [em matéria de incêndios florestais] teremos no terreno as catorze equipas permanentes a funcionar", salienta.
Confrontado com a situação, o comandante distrital operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil, António Fonseca, diz que não lamenta a situação embora "gostaria que houvesse uma maior adesão. E adianta que as primeiras equipas do distrito devem começar a funcionar em Maio. "Em meados deste mês vai ser feita a selecção dos candidatos, por parte da Autoridade Nacional de Protecção Civil, após indicação dos corpos de bombeiros e, segue-se a formação", refere. António Fonseca aponta que a qualquer momento as autarquias que ainda não assinaram o protocolo, o poderão fazer: "O processo continua aberto e as câmaras que queiram aderir podem aderir em qualquer altura". Para o responsável "o desejável é que haja pelo menos uma equipa em cada concelho, porque aumenta o grau de prontidão, já que os bombeiros existentes são voluntários e nem sempre estão nos quartéis".


Apenas três concelhos criaram as equipas de intervenção permanente solitadas pelo Governo Civil da Guarda
Apenas três concelhos criaram as equipas de intervenção permanente solitadas pelo Governo Civil da Guarda


Data de publicação: 2008-03-18 00:00:00
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