Voltar à Página da edicao n. 423 de 2008-03-04
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Os números sobre o turismo em Belmonte parecem não gerar consenso

Os pouco consensuais números do Turismo

A procura turística, no concelho, cresceu em 2007, segundo a autarquia. De 44 mil 393 visitantes passou-se para os 48 mil 966. A oposição, contudo, desconfia, e diz que não se pode contabilizar um turista por várias vezes, ou seja, tantas quantas entrar em museus da vila.

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São números bons, mas que geram desconfiança. Pelo menos à oposição na Câmara de Belmonte. Segundo a autarquia local, em 2007, a procura turística na vila cresceu. Em 2006, foram 44 mil 393 os que visitaram os quatro museus da vila (está em construção um quinto, sobre os descobrimentos). No ano passado, esse número cresceu para 48 mil 966. Ou seja, foram mais 4573 os que entraram nos museus do Azeite, Ecomuseu do Zêzere, Museu Judaico e Igreja de Santiago, cerca de mais 10 por cento em relação ao ano transacto. Dados que segundo a Câmara “vêm dar razão à estratégia de desenvolvimento económico que preconizamos para o município”.
Porém, do lado da oposição na autarquia, há desconfiança. Jorge Amaro, vereador do Movimento por Belmonte (MPB) isso mesmo mostrou na última reunião do executivo, na última quarta-feira, em que realçou que os visitantes de cada museu “não se podem multiplicar pelo número de infra-estruturas museológicas existentes”. Ou seja, cada vez que um mesmo turista entra num dos diversos museus não pode ser contabilizado como mais um turista. Porém, o presidente da Câmara, Amândio Melo, não corrobora da opinião de Jorge Amaro e até diz que os números podem não ser reais, mas por défice. Ou seja, o número de visitas até “pode ser maior”, uma vez que, segundo o autarca, à entradas que “não são controladas”.
Apesar de não concordar com os números, Jorge Amaro congratula-se pela estratégia definida para a promoção turística do concelho. Já Amândio Melo deixa um recado aos empresários, sobretudo os da restauração, que devem “aproveitar a procura do turismo” no concelho.
Segundo os dados divulgados pela Câmara no seu boletim, em 2007, o museu com mais visitas foi o Judaico, com 14 mil 973 entradas. Cerca de mais três mil em relação a 2006. Na Igreja de Santiago entraram 12 mil e 86 pessoas, menos que em 2006, em que 13 mil 725 visitaram o local de culto, que contudo não cobrou entradas durante cinco meses. Já o Museu do Azeite contabilizou 11 mil 166 pessoas, mais que em 2006, em que entraram lá 9 mil 428 pessoas. No Ecomuseu do Zêzere registaram-se 10 mil 741 entradas, mais que em 2006, em que nove mil 322 visitaram o local.


Os números sobre o turismo em Belmonte parecem não gerar consenso
Os números sobre o turismo em Belmonte parecem não gerar consenso


Data de publicação: 2008-03-04 00:05:00
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