Câmara contrai empréstimo para acabar Plataforma Logística

A autarquia contrai um empréstimo de 1,3 milhões de euros para terminar a PLIE. Isto apesar da Câmara da Guarda ter uma dívida de cerca de 40 milhões. Porém, Joaquim Valente diz que a redução da mesma permitiu avançar para esta operação.

A Câmara Municipal da Guarda deliberou na passada quarta-feira, 16, recorrer à contracção de um empréstimo de longo prazo, no valor de 1,3 milhões de euros, para financiamento da conclusão da área industrial da Plataforma Logística local. Segundo o presidente da autarquia, Joaquim Valente, apesar da dívida da Câmara se situar, actualmente, em cerca de 40 milhões de euros, o executivo deliberou, por unanimidade, avançar com a contratação do empréstimo por existirem "condições financeiras" para tal.
"Reduzimos a dívida, logo, podemos novamente contrair empréstimos de longo prazo e este empréstimo é determinante para concluir as obras da área industrial da Guarda que estão em fase final de execução", justifica o autarca socialista no final da reunião, em declarações aos jornalistas. Joaquim Valente adianta que a autarquia possui "compromissos com empresas [envolvidas na execução das obras da área industrial da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE)] e é necessário encontrar os meios financeiros para que se possa pagar as obras". O autarca sublinha que o empréstimo aprovado "é feito para agilizar a conclusão das obras" mas, até que o processo esteja concluído, a autarquia tem pela frente "o calvário da burocracia".
"Foi aprovado na Câmara, tem que ir para o Tribunal de Contas, para a Secretaria de Estado [da Administração Local] e, depois de autorizado, é preciso abrir um concurso e fazer uma consulta à banca", descreve, para dizer que não tem previsões para a sua concretização. Caso o empréstimo seja chumbado pelo Tribunal de Contas, o presidente da Câmara da Guarda admite que o município possa recorrer à venda de património para gerar as receitas necessárias à conclusão das obras da segunda fase da PLIE, relacionadas com a zona industrial.
A contracção do empréstimo foi votada favoravelmente pelos três vereadores do PSD (Ana Manso, José Gomes e João Bandurra), por considerarem que a PLIE "é fundamental para o desenvolvimento da Guarda. Os vereadores lamentam o atraso na execução do projecto mas, ao votarem favoravelmente a proposta apresentada, quiseram pôr de lado a ideia de que são "uma força de bloqueio", como refere Ana Manso.
"O nosso voto a favor é um voto de confiança, de exigência, em relação ao futuro, de rapidez no desenvolvimento do processo", justifica a vereadora social-democrata.
A PLIE representa um investimento de 34 milhões de euros e é considerada um "projecto âncora" para o desenvolvimento empresarial e económico da região da Guarda. É uma plataforma transfronteiriça inserida na Rede Nacional de Plataformas Logísticas, contemplando as vertentes de logística, indústria e serviços, integrando, também, um espaço tecnológico e uma incubadora de empresas. Ocupa uma área de cem hectares e terá ligação às auto-estradas A-23 (Guarda/Torres Novas) e A-25 (Vilar Formoso/Aveiro), bem como às Linhas do Caminho-de-Ferro da Beira Alta e Baixa.
O parque empresarial dispõe de 196 lotes. O projecto foi iniciado em 2002, por iniciativa da autarquia, tendo sido já investidos mais de seis milhões de euros.

> jcosta @ irritejo . pt em 2008-03-02 14:00:07
SE as decisões políticas responsabilizassem as pessoas, cível e criminalmente pelos custos e danos provocados, certamente que haveria melhor censo. Parece que é fácil decidir políticamente, é fácil é barato dá milhões. E o povão por que lhe dizem que vivemos em democracia e vos elege o que beneficia? impostos para o futuro, vê-vos reformados de tachos políticos?. Tenham vergonha e ponderem as decisões. Era simples; voltem à escola onde ainda haja professores apolíticos e aprendam. Ou seja tenham educação.