Leão não sabe nadar

O Sporting da Covilhã averbou no domingo a sua segunda derrota da época, na Pampilhosa. Num terreno encharcado pela muita chuva que caiu, a equipa da casa adaptou-se melhor e acabou por vencer bem. Os serranos desperdiçaram um penálty, mas apesar da derrota mantêm vantagem sobre o Oliveira do Bairro

Apesar de tudo, nem tudo foi mau. O Sporting da Covilhã, mesmo perdendo no domingo, por 2-1, no campo do Pampilhosa, manteve a sua vantagem de nove pontos sobre o Oliveira do Bairro, que em casa, e com alguma surpresa, perdeu com o Rio Maior. E cá para trás, mais equipas desperdiçaram pontos, pelo que a tranquilidade dos serranos não está em causa.
Era um “leão” que vinha de seis vitórias consecutivas o que se apresentou no encharcado terreno do Pampilhosa. Num domingo muito chuvoso, o tempo fez mossa e quem mais se ressentiu disso foi o Covilhã, que em todo o encontro teve evidentes dificuldades para se adaptar às condições do campo, ao contrário dos locais, que com uma equipa muito atlética foi, logo de início, gizando alguns lances perigosos para a baliza serrana. Aos dois minutos, Silvestre ameaçou pela primeira vez, com a bola a sair um pouco por cima da baliza de Igor. Aos sete minutos, foi o guardião serrano que se opôs com categoria a um remate de Luís Miguel. Mas aos 18 minutos, Igor nada pode fazer para evitar que o Pampilhosa se pusesse em vantagem. Um remate muito colocado de Penela que alegrou as hostes locais.
O Covilhã demorou algum tempo a reagir. E só perto dos 30 minutos conseguiu criar algum perigo para as redes locais, num remate de Anky que obrigou Joca a uma excelente intervenção. Mas o Covilhã poderia mesmo ter empatado a partida mesmo em cima do intervalo. Aos 41 minutos, Bruno Nogueira, de regresso à titularidade, conseguiu, como é seu timbre, em jogada individual, furar pela área contrária, sendo empurrado por um defesa contrário. Uma grande penalidade prontamente assinalada pelo árbitro Bruno Esteves (que também tinha estado na derrota dos serranos no Torreense), mas que Paulo Vaz, melhor marcador dos leões, desperdiçou, proporcionando a defesa de Joca. E assim o Covilhã ia para os balneários a perder.
Na segunda parte, foram novamente os pupilos de João Pereira que entraram melhor no encontro. Logo nos segundos iniciais, Alex acertou no poste da baliza serrana e aos 55 minutos, o Pampilhosa voltou a cheirar o golo quando Igor roubou a bola a Chano que estava isolado e em boa posição para facturar. O Covilhã bem tentava ir para a frente, mas as coisas não saíam bem, até porque a “piscina” em que se jogava estava cada vez mais degradada. A bola não rolava, o futebol tinha que ser mais directo, mas apenas o Pampilhosa se apercebia disso. Os leões vieram para a frente e, no contra-ataque, os locais dilataram a vantagem. Um lance conduzido por Chano, que cruza e Luís Miguel não tem dificuldades em empurrar a bola para as redes contrárias. Isto aos 78 minutos. Com duas bolas de desvantagem, a tarefa dos comandados de Rui França ficava muito complicada. Mas os serranos voltaram ao jogo pouco depois, quando aos 81 minutos Paulo Campos reduziu para 2-1. Animados por este tento, os covilhanenses pressionaram em busca da igualdade. Que poderia ter surgido já nos descontos, quando um remate de Gomes passou muito perto da baliza à guarda de Joca.