Ano Novo

Dois mil e sete já lá vai e não se pode dizer que tenha sido ano para deixar saudades à generalidade dos portugueses. Mas nem que assim não fosse, um ano novo é sempre recebido com esperança, que encontra expressão nas múltiplas superstições com que pelo País fora se vive o momento das 12 badaladas, e que se relacionam, quase todas, com saúde, prosperidade, sorte ou vida afectiva.
Do novo ano esperam-se coisas boas, ou, pelo menos, coisas novas. E é certo que 2008 trará várias destas últimas à universidade portuguesa. A começar pela implementação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, mas também pela possibilidade de um novo Estatuto de Carreira Docente, há muito prometido e esperado, ou pelo novo regime de avaliação, vínculos e carreiras da Função Pública, que poderá tocar, e se articulará certamente, com o novo ECDU.
Para algumas universidades, UBI incluída, será o momento de começar a preparar a avaliação externa da EUA – European University Association; para todas, a altura de elaborarem os seus novos estatutos, dando cumprimento ao RJIES. Neste âmbito, três universidades portuguesas manifestaram já disponibilidade para ponderar o que de mais radicalmente novo traz este regime jurídico no que à vida das instituições diz respeito, e pretendem iniciar com a tutela negociações com vista à eventual passagem a fundação pública de direito privado. Porto, Aveiro e Iscte serão as primeiras, mas todas as outras poderão ainda vir a tomar opções semelhantes mais tarde.
Na UBI está concluído o processo de constituição da Assembleia Estatutária, tendo o seu presidente e os quinze membros eleitos cooptado por votação unânime os cinco elementos externos que a compõem, conforme torna público na última página deste Urbi o Reitor da UBI, que preside aos trabalhos AE.
Mesmo sem manifestar nesta primeira fase, como sucedeu em Lisboa, Aveiro ou Porto, disponibilidade para abraçar o radicalmente novo, a Assembleia Estatutária da UBI tem em mãos uma tarefa exigente e de grande responsabilidade, que terá de estar concluída em 2008.
Neste novo ano que agora estreia, coisas novas é certo que vai haver, já as coisas boas dependerão em parte da forma como se souber tirar partido das primeiras.