Voltar à Página da edicao n. 416 de 2008-01-15
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 

“Não aceito que os alunos de mestrado não possam exercer o seu voto”

> Eduardo Alves

Urbi@Orbi – Estas foram também umas das eleições mais participadas dos últimos tempos. Também é da opinião de que a ideia dos olhos “de costas voltadas” para a academia, já está gasta?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] Completamente. Nos últimos tempos nunca tínhamos tido uma votação tão alargada. O universo eleitoral ronda os 4800 alunos. Se tivemos 1400 votos isso representa uma participação que ronda os 30 por cento, o que é muito bom se compararmos com Coimbra, Porto, Lisboa ou outras instituições.
É nossa intenção, quando tivermos a terminar o mandato, ajudar no acto eleitoral e fomentar o apelo ao voto. Acho que essa é uma competência, sempre, da anterior direcção.

Urbi@Orbi – Mas existe um número muito significativo de estudantes a frequentarem o segundo ciclo que estão impossibilitados de participarem na vida activa da AAUBI e de exercer o seu voto. Vai propor a alteração dos estatutos para este caso?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] Sim, claro que sim. Não aceito, de forma alguma, que os alunos de mestrado não possam exercer o seu voto, visto que são também alunos da instituição. Mas mesmo estando eles impossibilitados de votar, a associação vai estar sempre aqui para ouvi-los e tentar ajudar em qualquer problema que estes tenham. Aliás, já estou activamente a tratar de alguns problemas relativos a mestrados.

Urbi@Orbi – No que respeita à instituição, defende que a UBI tem de ser tornar mais visível. De que forma está a pensar dar também algum contributo para isso?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] A visibilidade também se poderá atingir com projectos do foro cultural que muitas vezes dão destaque aos promotores. Daí que essa projecção possa ser alcançada através de outros projectos como o ProkTu ou o ArtCore. Estes foram já projectados a meio do anterior mandato. Quando começámos havia apenas uma ideia e só depois podemos colocá-la em prática. Este ano, durante o nosso mandato, podem surgir novos projectos de foro cultural.
A nossa intenção é conseguir que esses projectos, para além de nos levar mais perto dos alunos, tenham um cariz nacional e, se calhar, até passar fronteiras.
Outra das maneiras em que podemos ajudar a UBI é através da formação complementar que podemos dar aos alunos. Formação essa que muitas vezes é relegada para a formação académica, que no caso da UBI, não acho que seja má. Tenho de dar os parabéns à instituição de ensino, porque a formação que nos é dada na UBI é boa, em termos de formação académica. Mas falta a formação que, por vezes, nos faz falta para suprir as reais necessidades do mercado de trabalho. Porque é isso que interessa.
Todos nós queremos terminar os nossos cursos, ter uma formação académica, mas também é necessário, para além do estudo, conseguir alguma prática. Quanto a mim, o Inglês Técnico devia ser leccionado em todos os cursos da universidade. Se queremos entrar em Bolonha, como se diz, temos de fazê-lo bem preparados. E neste caso vamos entrar em Bolonha um pouco desfasados da realidade.
Se eu quiser terminar a minha licenciatura e ir trabalhar para a Suécia, não tendo uma formação em línguas, sobretudo no Inglês, possivelmente iria ter muito mais dificuldade. E isso não acontece na Suécia, não acontece na Finlândia, não acontece na Alemanha, porque esses países já estão muito mais bem preparados do que nós.

Urbi@Orbi – Fala também nas diferentes condições dadas aos alunos da instituição. Como os estudantes do Pólo I terem menos condições de estudo que os alunos da FCS, por exemplo. De que forma é que vai abordar estas e outras questões com a reitoria?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] A FCS é uma boa faculdade, tem óptimas condições e acho óptimo os alunos terem aquelas qualidades. O que eu gostava é que essas condições fossem também aplicadas aos outros pólos. É claro que na prática isto implica custos avultados, mas acho que, como este ano a universidade vai ser avaliada pela European Universities Association (EUA), é interesse da instituição em mostrar uma boa cara.
Daí que, a universidade este ano, e não apenas por nosso mérito, deva estar mais alerta para este tipo de situação e para o bem-estar do aluno.

Não vamos concessionar a Recepção ao Caloiro

Perfil de Luís Fernandes


A associação dá sangue novo à UBI

Neste momento não teremos de apertar tanto o cinto

> a11608 @ ubi . pt em 2008-01-16 15:27:28
Não podia deixar passar esta grande gralha, incoerência e contradição do actual presidente a Direcção da AAUBI, uma vez que, aquando da alteração dos estatutos, para que os alunos de mestrado, doutoramento e pós-graduação pudessem exercer o seu direito a voto, esse senhor, nada fez para que isso acontecesse. Agora vem para aqui afirmar que não aceita isso? infelizmente essa resposta e opinião peca por tardia, muito tardia. Espero, sinceramente que seja a última gralha cometida por este presidente e que, de agora em diante, não se engane ou contradiga mais. Sem mais, Bruno Carneiro



"A nossa intenção é conseguir ir mais perto dos alunos"


Data de publicação: 2008-01-15 00:00:00
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