Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 409 de 2007-11-27 |
“Um momento de novas oportunidades”
João Queiroz defende um reforço na investigação e a continuidade na aposta da procura da qualidade. O vice-reitor da UBI vai encabeça a Assembleia Estatutária, órgão que dará origem aos novos estatutos da instituição.
> Eduardo Alves“A minha candidatura surge, fruto das atribuições e cargos que me têm sido confiados nos últimos tempos. Vejo que a Universidade e a comunidade esperavam agora que surgisse a minha candidatura”, começa por explicar João Queiroz. O actual vice-reitor da UBI acrescenta que “o primeiro sinal talvez tenha sido a minha eleição para presidente do Conselho Científico, há um ano atrás. Sinto pois que a Universidade me quer nesse lugar e eu disponibilizo-me a ser reitor”. Depois do actual reitor ter manifestado a indisponibilidade de se candidatar a um quarto mandato, “reuni algum consenso entre as pessoas da universidade e decidi candidatar-me”, acrescenta ainda o também presidente da Faculdade de Ciências da Saúde.
João Queiroz acrescenta que a sua candidatura tem por detrás “todo um percurso e trabalho nos cargos e funções que desempenhei e onde tenho assumido todas as responsabilidades”. Daí que o vice-reitor olhe para esta candidatura como “mais uma dessas responsabilidades que vem na sequência daquilo que tem sido o meu percurso na UBI e que entendo que é aquilo que a Universidade também quer. No fundo tudo isto tem a ver com a escola que fui fazendo, com o facto do actual reitor ter já manifestado a sua intenção de não avançar para um quarto mandato e acho que naturalmente poderei representar a continuidade daquilo que foi feito até aqui”.
O actual vice-reitor, independentemente da realização ou não de eleições, vai estar sempre ligado ao futuro da instituição. Isto porque, encabeça a única lista para a Assembleia Estatutária, órgão que vai ser responsável pela criação do novo regime legal da UBI. Descreve essa lista como sendo “a de consenso do João Queiroz” e “na qual tentei agrupar cada uma das faculdades como os professores representantes dessas faculdades, encabeçando um grupo de pessoas que representavam esses órgãos”.
O objectivo passa por criar “um grupo de trabalho que é a Assembleia Estatutária de forma a ter os melhores estatutos para a UBI e depois vamos ter de aprender a viver com essa nova realidade que é mais um desafio para a universidade, mas estou inteiramente convencido na capacidade de modernização da universidade”. Queiroz acrescenta que “apesar desta ser uma fase conturbada para todo o Ensino Superior português, é também o momento de uma série de oportunidades que devemos aproveitar”. Queiroz confessa que esta é “uma fase de alguma conturbação com a passagem para o RJIES. Mas quando se fala na realização dos novos estatutos não se deve esquecer a fase crítica que está posterior a isso, onde será necessário saber gerir e adaptar o funcionamento da instituição às novas regras. Aí vamos ter uma realidade completamente diferente. E também aí, com a maior serenidade e ponderação estou disponível para levar a universidade pelo melhor caminho”.
O também presidente do Conselho Científico lembra “a experiência muito positiva com Bolonha que se traduz no que hoje é o sucesso pedagógico da Medicina na Universidade, mas também, de todos os novos cursos que estamos a implementar na faculdade, como as Ciências Farmacêuticas, Ciências Biomédicas, etc”.
As restrições orçamentais” também me preocupam e neste campo, o Governo vai ter de repensar a forma como está a manter as universidades”. Neste momento, “todas as universidades estão em transição para um novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES), e portanto estamos numa fase de transição em que a filosofia e a forma de gestão das universidades, a articulação entre os vários órgãos vai ser nova e isso significa que vamos ter de aprender a conviver com aquilo que de bom quisermos para a nossa instituição”, sublinha.
Com um cenário onde existe mais que um candidato, Queiroz lembra apenas que “aquele que for o próximo reitor vai ter a tarefa difícil, mas estimulante, que passa por conduzir a instituição de forma a manter a sua estabilidade. Aqui tenho de ressalvar que todo o percurso e toda a acção do actual reitor, características que foram no sentido de crescimento e afirmação da instituição e que têm de ser continuadas. A consolidação da imagem e da qualidade da UBI é extremamente importante nesta fase. Outro dos aspectos passa pela investigação, pela melhoria da qualidade na investigação e pela consolidação desta nalgumas áreas do saber”, acrescenta.
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